Autor: Lusa/AO Online
Pedro Nuno Santos, que na segunda-feira anunciou à Lusa que “para já” iria assumir o seu lugar como deputado na Assembleia da República, foi questionado pelos jornalistas sobre esta decisão e até quando irá ficar no parlamento.
“Até quando for preciso”, respondeu aos jornalistas, em andamento, nos corredores do parlamento.
Escusando-se a dizer os motivos desta decisão, o ex-secretário-geral do PS recusou a ideia de que seja incompatível com as declarações de 24 de maio, quando à saída da Comissão Nacional do PS disse que a sua vida política partidária terminava naquele dia, que foi quando deixou as funções na sequência da sua demissão devido à pesada derrota eleitoral do PS nas legislativas.
“Não tenho nada para vos dizer, a não ser desejar-vos felicidades e uma vida boa para vocês e para as vossas famílias”, disse, perante a insistência dos jornalistas.
Na segunda-feira, Pedro Nuno Santos confirmou à Lusa que iria assumir “para já” o mandato de deputado na Assembleia da República.
Na Comissão Política do PS de 24 de maio, na qual deixou a liderança do partido, o antigo secretário-geral do PS afirmou que a sua “vida política partidária” terminara, assegurando não estar arrependido do chumbo da moção de confiança ao Governo por considerar que “numa democracia avançada” Luís Montenegro não seria primeiro-ministro.
“Já não sou secretário-geral. Termino aqui um percurso de muitos anos de dedicação ao PS e ao país”, disse aos jornalistas à saída da Comissão Nacional do PS, considerando que tentou “fazer o melhor que sabia pelo povo português”.
O ex-secretário-geral do PS disse que agora “a vida política partidária termina” e que ainda não tinha tomado uma decisão sobre o seu lugar de deputado.