Açoriano Oriental
Oposição nos Açores quer melhor Saúde e desvaloriza saída de secretário regional

A oposição nos Açores pediu melhorias no setor da Saúde na região, desvalorizando a saída do titular da pasta no executivo regional, Rui Luís, e pedindo avanços "independentemente" da cara governamental que tutele a pasta.

Oposição nos Açores quer melhor Saúde e desvaloriza saída de secretário regional

Autor: Lusa/AO Online

No domingo, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, transmitiu ao Representante da República para a região o nome de Maria Teresa da Silveira Bretão Machado Luciano como nova secretária regional da Saúde, sendo que o até agora secretário da pasta no XII Governo dos Açores, Rui Luís, "deixa o cargo por motivos pessoais".

Para o PSD, "independentemente das pessoas que ocupam os cargos, o que interessa é o desenvolvimento das políticas".

De acordo com o líder parlamentar social-democrata, Luís Maurício, é necessário melhorar as "acessibilidades aos cuidados de saúde" na região, com particular destaque às listas de espera e aos "prazos inaceitáveis para consulta e cirurgia" que existem em "muitas especialidades".

À direita, o CDS é crítico com o nome escolhido por Vasco Cordeiro para integrar o executivo.

Maria Teresa Luciano, diz o líder centrista dos Açores, Artur Lima, "tem um passado que não abona muito a um gestor público".

"Parece-me que foi uma má escolha do presidente do Governo [Regional] e revela uma incapacidade de o PS ir buscar gente capaz à sociedade civil", o que já sucedeu, no passado, advoga Artur Lima à agência Lusa, com os nomes escolhidos para as administrações da SATA ou do Hospital de Angra.

O PS, partido que apoia o executivo e que tem maioria no parlamento dos Açores, diz por seu turno que Maria Teresa Luciano é "alguém que dá garantias" pelo "trabalho realizado ao serviço da região".

A mudança operada, diz o líder parlamentar do PS, Francisco César, pode ser encarada de "duas formas: há quem prefira olhar para trás, mas nós achamos que é uma oportunidade de olhar para a frente" e melhorar o que deve ser melhorado para "continuar a melhorar e servir os cidadãos".

O Bloco de Esquerda, pelo deputado e coordenador na região António Lima, diz que, na atual legislatura, os "problemas neste setor mantiveram e alguns até tiveram tendência a agravar-se".

"Importa discutir as políticas e a sub-orçamentação no setor da Saúde", acrescenta o bloquista, que deixou ainda o desafio à nova secretária se acompanha o anterior titular da pasta na abertura para eliminar na região as taxas moderadoras.

Pelo PCP, o deputado João Paulo Corvelo recusa "personificar" opiniões e lembra que "o que interessa são as políticas".

"A Saúde deve estar munida de meios técnicos e humanos suficientes para ter um Serviço Regional de Saúde de qualidade para todos os açorianos", acrescentou o parlamentar único dos comunistas no parlamento dos Açores.

Já o deputado do PPM, Paulo Estêvão, diz que "não foram apresentadas soluções" neste setor pelo secretário que agora abandona o executivo e Vasco Cordeiro é, neste momento, um político "sem soluções", advoga.

"Acho que os açorianos começam a perceber. Uma coisa é ser presidente da Juventude Socialista, outra coisa é ser presidente do Governo dos Açores", declara o parlamentar único do PPM no hemiciclo açoriano.

Maria Teresa Luciano era atualmente presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, tendo sido antes vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, estrutura constituída pelos hospitais de Faro, Portimão e Lagos.

"Com larga experiência profissional na área da Saúde, foi ainda presidente do Conselho de Administração da Saudaçor e diretora executiva dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Oeste Norte e da Amadora", destacou o Governo dos Açores na nota enviada à imprensa no domingo.


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