Autor: Arthur Melo
O Operário iniciou a segunda volta da primeira fase do Campeonato Nacional da II Divisão Série D conquistando esta tarde um empate em Mafra a duas bolas, numa partida que teve um final de jogo muito triste.
Sérgio Cruz, o árbitro do encontro, acabou por não conceder os quatro minutos de desconto, optando por finalizar a partida aos 90 minutos, devido ao clima que se instalara no relvado.
Os jogadores de ambas as equipas confrontaram-se em campo e chegaram mesmo a acontecer agressões entre ambas as partes, o que por sinal irá reflectir-se depois no mapa de castigos que a Federação Portuguesa de Futebol irá divulgar.
Antes das cenas lamentáveis ocorridas no Campo Dr. Mário Silveira, em Mafra, até que as duas equipas tinham encarado o encontro de forma positiva, sendo que os tentos apenas surgiram no segundo tempo.
Marcou primeiro o Mafra por Paulo Renato aos 64 minutos mas, nos quatro minutos imediatamente a seguir, os fabris viraram o resultado, com golos de Fábio Pires e Hector Giraudo aos 66 e 68 minutos, respectivamente.
Os locais pressionaram na tentativa de chegar à igualdade e conseguiram-no num lance polémico que viria a despoletar as lamentáveis cenas ocorridas no final: aos 87 minutos, Ricardo Cunha, tirando partido de uma situação de fora de jogo, restabeleceu a igualdade.
De referir ainda o caso da substituição de um dos assistentes do encontro ao intervalo, por indisposição física, ocupando o seu lugar Maniche, ex-jogador do Mafra que acaba por não assinalar o fora de jogo que permitiu aos continentais igualar a contenda.
Apesar de ter empatado, o Operário ascende ao segundo lugar com 25 pontos, os mesmos que o Madalena, atendendo a que a turma picoense foi derrotada, de manhã, no Pico pelo Louletano por 1-2.
A equipa algarvia foi a vencer para o intervalo, graças ao golo apontado por Della Pasqua aos 40 minutos mas, Carlos André, aos 55, restabeleceu a igualdade na partida. Todavia, a dez minutos dos noventa regulamentares, o defesa esquerdo argentino Dante fixou o resultado final e permitiu ao Louletano conquistar no Pico três preciosos pontos, tendo os picoenses perdido em casa pela segunda vez consecutiva.
Por seu turno, o Lusitânia - que viu agora o central Raul Oliveira solicitar a rescisão unilateral do contrato, por pagamentos de salários em atraso -, voltou a perder, somando a terceira derrota consecutiva.
Em Angra do Heroísmo, os verde-brancos receberam o Carregado e perderam por uma bola a zero, graças a um golo de Topê aos 69 minutos, na transformação de uma grande penalidade.
A equipa de João Salcedas continua na 13ª e penúltima posição com apenas 10 pontos.
Na 14ª jornada, o líder Olivais e Moscavide venceu e afastou-se ainda mais da concorrência. A equipa de Filipe Moreira venceu no Algarve o Lagoa por um a zero e leva oito pontos de vantagem sobre Operário e Madalena.
No próximo fim-de-semana, o Lusitânia actua em casa do "lanterna-vermelha" Real, enquanto que o Madalena desloca-se ao Carregado.
A partida Operário - Pinhalnovense foi adiada para o dia 20 de Janeiro de 2008, data em que se realizam os encontros relativos à V Eliminatória da Taça de Portugal.