Autor: Lusa/AO online
“Não chegamos a acordo quanto à nova data. O FC Porto sugeriu o dia 6 de Janeiro, só que nós temos um jogo no fim-de-semana a seguir. Por isso, decidimos deixar a decisão para a federação”, adiantou José Godinho, presidente da Oliveirense.
O dirigente máximo da formação de Oliveira de Azeméis compreende a decisão do cancelamento do jogo, mas lembra que já se realizaram partidas para a Liga de Honra nas mesmas condições.
“O relvado está praticamente impraticável, mas com o Carregado e o Gil Vicente também estava assim e realizaram-se na mesma os jogos”, afirmou acrescentando que Bruno Paixão “poderá ser mais rigoroso” que os outros colegas de apito.
Seja qual for a nova data, José Godinho revelou que a partida com o FC Porto realizar-se-á na mesma em Oliveira de Azeméis. “O jogo vai ser em Oliveira de Azeméis na mesma e isto foi um exercício prático para demonstrar que precisamos de um novo estádio”, defendeu.
Já Pedro Miguel, treinador da Oliveirense, não gostou da decisão de Bruno Paixão.
“Esperávamos jogar e os jogadores ficaram tristes pois estavam com vontade de vencer o encontro”, afirmou.
O técnico da Oliveirense está preocupado com o “precedente grave” aberto pela decisão de Bruno Paixão, uma vez que “a partir de agora as equipas da Liga de Honra que venham jogar aqui podem também não querer jogar”, alertou Pedro Miguel, que mesmo assim respeita a sentença do árbitro do encontro.
Faltavam cinco minutos para o início do encontro entre Oliveirense e FC Porto, quando o árbitro Bruno Paixão se decidiu pela não realização do encontro.
As más condições do relvado, agravadas pela forte chuva que fustigou a região de Oliveira de Azeméis durante a manhã, estiveram na base da decisão do cancelamento da partida.
Nas bancadas do Estádio Carlos Osório sentiram-se emoções díspares. Se do lado dos adeptos do FC Porto, mal foi emitido o anúncio do cancelamento do jogo, ouviram-se cantares de apoio à equipa e insultos a Hermínio Loureiro, do outro lado, os simpatizantes e sócios da Oliveirense criticavam a decisão: “Isto é uma vergonha. Com o Gil Vicente estava pior e jogaram na mesma. É por ser o FC Porto”, escutava-se pela bancada, de forma quase unânime.
Em pouco mais de dez minutos a equipa do FC Porto saiu do Estádio Carlos Osório, sem prestar qualquer declaração, enquanto, os jogadores da Oliveirense viram, à última da hora, marcado um treino no relvado sintético.