Autor: Lusa/AO Online
A informação foi adiantada pela secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, no âmbito de uma sessão de perguntas ao executivo (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a ilha das Flores, agendada pela Iniciativa Liberal.
“Durante este verão, o anteprojeto está a será sujeito a ensaios 3D [três dimensões]. Será do resultado desses ensaios que sairá o projeto final para colocar a concurso logo que possível. É um projeto muito dispendioso e prevê-se o lançamento da empreitada no segundo trimestre de 2023, com cinco anos de execução”, afirmou, explicando ainda não ser possível determinar o custo exato do projeto final.
O molhe do porto das Flores, o único porto comercial da ilha, ficou destruído na sequência da passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, originando constrangimentos no abastecimento à população.
Em julho, o Governo dos Açores indicou que o projeto de reordenamento e de construção do novo molhe principal do porto das Lajes das Flores permitirá triplicar a capacidade de acostagem e assegurar novas condições de operacionalidade.
Na apresentação do novo molhe principal do porto das Flores à população, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas sublinhou que se trata da “obra mais importante deste Governo”.
Segundo o executivo açoriano, o projeto de reordenamento do porto e de construção do novo molhe "permitirá praticamente triplicar a capacidade de acostagem".
Vai ainda garantir "novas e melhoradas condições de operacionalidade e um incremento substancial na capacidade de resposta de toda a infraestrutura portuária".
O novo molhe vai manter "uma extensão de 170 metros para acostagem, reforçada com uma proteção de 100 metros".
A nova ponte-cais oferecerá "a possibilidade de acostagem de 140 metros em ambos os lados, representando um incremento de 280 metros face ao anterior porto", segundo o executivo.
Anteriormente "só seria possível a operação de um navio no porto", mas com as novas funcionalidades poderão operar "três navios em simultâneo", o que, segundo o Governo, permitirá agilizar "operações de combustível, mercadorias e passageiros".