Autor: Lusa/AO Online
“Este é um projeto que, para o Museu Carlos Machado, vem resolver um problema estruturante das suas reservas. A instituição desenvolve a sua atividade em três núcleos descontínuos e as reservas são fundamentais para garantirem mais durabilidade às peças, oferecendo as condições necessárias de conservação preventiva e da sua própria monitorização”, afirmou à agência Lusa Duarte Melo.
As obras de ampliação da instituição de Ponta Delgada, que em junho completa 140 anos, estão a preocupar moradores junto ao Museu Carlos Machado, que temem pela "segurança" das suas habitações e pela "alteração do jardim centenário".
À Lusa, o diretor do museu destacou as vantagens da obra que permite criar "um edifício com espaço de reservas" e "requalificar o jardim" que terá novas acessibilidades, "servindo com qualidade os cidadãos e os visitantes, pois da maneira como está não se torna um jardim inclusivo".
“Enquanto diretor do museu parece-me que é de todo legitimo a preocupação dos moradores em relação às suas habitações. No entanto, na reunião com a comissão de moradores juntamente com a diretora regional da Cultura, ficou garantido, de forma clara e inequívoca, que haveria um acompanhamento das próprias casas no decorrer da intervenção que está a ser feita no jardim”, acrescentou o responsável.
O responsável recordou que este projeto de ampliação do museu da maior cidade dos Açores “já foi apresentado há alguns anos", lamentando Duarte Melo que haja “algum desconhecimento sobre a obra e alguma desinformação pública”.
“Para
o Museu Carlos Machado, as reservas são fundamentais, são necessárias.
Não podemos hipotecar o futuro da instituição que tem o dever e a
obrigação, enquanto serviço público, de conservar todo o seu património e
os seus espólios de forma mais adequada”, vincou.