Açoriano Oriental
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MPT considera “indescritível” 24 anos de governação PS

O cabeça de lista por São Miguel e pelo círculo de compensação do Partido da Terra (MPT) às eleições açorianas considerou hoje “indescritível” o Partido Socialista liderar o governo regional há 24 anos, adiantando que acredita ser eleito.

MPT considera “indescritível” 24 anos de governação PS

Autor: Lusa/AO Online

“Vinte e quatro anos de governação é algo indescritível e mostra o resultado e a inércia do governo PS”, disse Pedro Pimenta, em declarações à agência Lusa.

No quarto dia da campanha, o também vice-presidente do partido que concorre às eleições de 25 de outubro considerou que os açorianos “estão um bocado saturados de 24 anos de governação do mesmo partido”.

“Nestas eleições, os açorianos têm de dar um murro nas mesas para dizer chega. Face à larga abstenção que existe nos Açores, acredito que [os açorianos] vão dar sinal de vida e vão-se apresentar nas eleições para votar, não nos mesmos de sempre, mas nos outros partidos, para que possam ser alternativas”, realçou.

Acreditando numa eleição para o parlamento açoriano, Pedro Pimenta referiu que o MPT é a “resposta para os descontes” do governo socialista.

“Ao fim de 24 anos o que é que nós verificamos? Verificamos que há milhares de pessoas sem médico de família, o abandono escolar é o dobro daquilo que existe na média nacional e o acompanhamento aos idosos é relativo ou residual”, observou, afirmando que é “inaceitável e incompreensível” os Açores terem muitas falhas a nível social.

Quanto à campanha do MPT, o candidato a deputado explicou que tem sido “atípica” devido ao contexto pandémico, adiantando que o partido está a conseguir passar a mensagem.

“Para nós torna-se mais difícil passar a nossa mensagem porque não estamos no local, não estamos a fazer campanha de rua, mas os resultados estão a ser positivos, estamos a ter interações nas redes sociais positivas, temos vários açorianos a meter ‘likes’ nas nossas páginas”, indicou.

O Partido da Terra candidata-se às eleições regionais contra os 24 anos de governação socialista, a cultura do medo e a favor do turismo sustentável.

Segundo o partido, essa cultura de medo levou os militantes e apoiantes a pedirem que os candidatos às eleições "não fossem dos Açores", já que a vida dos candidatos "se torna complicada" quando concorrem contra o poder instituído.

O dirigente acredita que, ao saberem que as listas são constituídas por "pessoas não vinculadas a um poder instalado", os "60% de abstenção" vão perceber que os candidatos são "independentes na sua forma de agir e de trabalhar", o que se vai refletir no resultado eleitoral.

As eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Nas eleições regionais açorianas existem nove círculos eleitorais, um por cada ilha, mais um círculo regional de compensação que reúne os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.


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