Autor: Lusa/AO Online
"A prioridade para 2015 é a conclusão das intervenções ainda em curso ou por iniciar nos locais para instalação definitiva dos serviços, no âmbito do Mapa Judiciário, a conclusão da construção do novo edifício do INML em Coimbra e algumas intervenções em Tribunais (conservação, adaptação, remodelação), em estabelecimentos prisionais e centros educativos", referiu Paula Teixeira da Cruz na discussão do Orçamento de Estado para 2015.
Paula Teixeira da Cruz sublinhou que "este é mais uma vez um Orçamento exigente", mas que isso não impedirá o seu ministério de consolidar "com determinação" as reformas que se têm vindo a operar no sistema de Justiça, nos últimos três anos, tornando a justiça mais "eficaz, célere e efetiva"
Em resposta à deputada Teresa Anjinho (CDS/PP) sobre as prisões, mão de obra prisional e reforço de guardas prisionais, a ministra Vamos lembrou que mais 400 guardas prisionais vão ser contratados para o setor.
Paula Teixeira da Cruz falou ainda do investimento na PJ e frisou que as promoções e o subsídio de piquete da PJ "estão garantidos".
António Filipe (PCP) alertou para o enorme défice de guardas prisionais, observando que estes 400 novos guardas não entrarão no sistema antes de finais de 2015.
O deputado comunista transmitiu também à ministra informações que disse dispor de associações ligadas aos reclusos sobre problemas na alimentação que é fornecida nas cadeias. Referiu que o custo da alimentação por recluso/dia é de três euros e meio, dizendo não perceber como é possível fornecer três refeições por dia a este preço, mantendo um nível adequado de alimentação.
"Isto intriga-me e inquieta-me. Gostaria de obter um esclarecimento sobre isso".
António Filipe aludiu também à polémica em torno do Citius, notando que para o Ministério da Justiça "toda a gente teve culpa menos os membros do Governo" pelo bloqueio registado na plataforma informática que serve os tribunais, magistrados, funcionários judiciais e advogados.
Lamentou ainda que se tenha "denegrido na praça pública" a imagem de dois funcionários da PJ que trabalharam no Citius, tendo depois ambos sido ilibados no inquérito-crime aberto e arquivado pelo Ministério Público.
A ministra reiterou que não houve qualquer "perseguição" ou tentativa de "alterar o que quer que fosse", justificando que se limitou a enviar o relatório do Instituto que gere o Citius para o MP apurar se houve eventuais ilícitos.
"Fiz o que a lei impõe", vincou.
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