Autor: Lusa/AO online
“Foi um ataque iraniano”, declarou aos media o chefe da diplomacia norte-americana, afirmando que tem “as impressões digitais” do ayatollah Ali Khamenei, o guia supremo iraniano.
Pompeo foi recebido na cidade costeira de Yeda pelo chefe da diplomacia saudita, Ibrahim al Asaf, e tem previstos encontros com os principais dirigentes do reino para abordar os ataques, que afetaram o preço do petróleo nos mercados mundiais e aumentaram a tensão na região do golfo Pérsico.
Quase em simultâneo, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciava em Nova Iorque o envio de uma equipa de peritos à Arábia Saudita para conduzir um inquérito internacional sobre os ataques de sábado.
Riade e Washington têm denunciado o envolvimento do Irão nestes ataques e o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um reforço das sanções económicas contra Teerão.
Em paralelo, a Arábia Saudita declarou hoje que os ataques de sábado contra duas instalações petrolíferas foram provenientes “do norte” – e não desde o sul, apesar de terem sido reivindicados pelos Huthis iemenitas – e que foram “incontestavelmente” patrocinados pelo Irão, ao precisar que o reino ainda tenta determinar o “local exato” do lançamento.
“O ataque foi lançado desde o norte e foi incontestavelmente patrocinado pelo Irão”, declarou o porta-voz do ministério da Defesa, Turki al-Maliki, no decurso de uma sessão onde foram apresentados fragmentos de “drones” e de “mísseis de cruzeiro”.
O mesmo responsável assegurou ainda que os ataques foram efetuados com “18 drones e sete mísseis de cruzeiro iranianos”.
“Estamos a trabalhar para conhecer exatamente o ponto de lançamento dos drones e mísseis, temos várias formas de identificar esse ponto, mas não podemos fornecer mais informações” de momento, concluiu o porta-voz.
O Irão tem desmentido as acusações, e já prometeu uma resposta “arrasadora” face a uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos.
Na terça-feira, Riade anunciou que se vai unir à coligação naval que os EUA tentam impulsionar no golfo Pérsico e justificada para garantir a segurança marítima no estreito de Ormuz, decisivo para o transporte de crude.