A 28 de julho passado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou que tinha imposto uma redução de 50% dos preços dos circuitos alugados Ethernet (até 10 Gbps) entre o Continente e regiões autónomas dos Açores e Madeira e entre ilhas, suportados por cabos submarinos.

Esta decisão tinha de ser aplicada até 30 dias depois da decisão ser notificada à Meo, que terminou na passada quarta-feira.

Em declarações à Lusa, fonte oficial da Meo disse que já foi "cumprida a deliberação da Anacom".

"Com esta medida, de aplicação urgente, a Anacom pretende melhorar as condições de concorrência no mercado, com benefício para os operadores que necessitam de alugar essa infraestrutura para desenvolver a sua atividade e para os consumidores em geral, que poderão passar a usufruir de maior diversidade de oferta", adiantava o regulador num comunicado no final de julho.

O regulador acrescentou, na altura, que "os problemas concorrenciais identificados pela análise levada a cabo pela Anacom decorrem, nomeadamente, da prática de preços excessivamente superiores aos custos".

O crescimento das ofertas de banda larga, o aumento da velocidade da Internet e das ofertas em pacote tem conduzido a uma subida da procura de capacidade nos referidos cabos submarinos.

"A descida de preços agora imposta, enquanto medida urgente e provisória, vigorará até que seja concluída a análise ao mercado de acesso grossista de elevada qualidade num local fixo (mercado 4), no âmbito da qual serão adotadas as medidas definitivas", concluiu, na altura, o regulador.