Médio Oriente: Guterres alerta para risco de morte enfrentado por jornalistas em Gaza

O secretário-geral da ONU alertou para os riscos de morte enfrentados por jornalistas na Faixa de Gaza, onde mais de 260 profissionais de comunicação social morreram desde o início da guerra no enclave palestiniano, em outubro de 2023.




Em comunicado, António Guterres condenou a repressão contra jornalistas que trabalham em Gaza, os quais enfrentam riscos como "deslocamento, fome e morte".

Segundo dados da ONU, desde os primeiros ataques da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro de 2023, mais de 260 profissionais de órgãos de comunicação social foram mortos.

"Os jornalistas em Gaza têm enfrentado os mesmos riscos e as mesmas realidades que as pessoas sobre as quais reportam, e as mais de 260 mortes de jornalistas tornam este o conflito mais mortal para o setor em décadas, conferindo-lhe uma relevância trágica", acrescentou Guterres através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

O chefe da ONU afirmou que "as regras da guerra são claras: civis e infraestrutura civil não são alvos".

Guterres defendeu os jornalistas, que devem "poder realizar o seu trabalho essencial sem interferência, intimidação ou danos".

O antigo primeiro-ministro português acrescentou que isso "inclui a proibição inaceitável que impede jornalistas internacionais de acederem a Gaza".

"O trabalho dos jornalistas, ao testemunharem e relatarem os factos, é vital para a construção de um consenso global bem fundamentado", considerou.

Guterres também observou que "a ONU permanece firmemente comprometida com a única solução sustentável", que envolve "alcançar uma solução de dois Estados, permitindo que Israel e Palestina vivam lado a lado em paz e segurança dentro de fronteiras seguras e reconhecidas".

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