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Incêndios
Marcelo Rebelo de Sousa considera bombeiros uma estrutura insubstituível

O Presidente da República considerou esta quarta-feira, em Pedrógão Grande, que não existe nenhuma estrutura na sociedade portuguesa que se possa substituir aos bombeiros.

Marcelo Rebelo de Sousa considera bombeiros uma estrutura insubstituível

Autor: Lusa/AO Online

"Não há estrutura de proteção civil, por muito sofisticada que seja, com outros corpos, outras instituições, outras estruturas, que substituam os bombeiros", disse Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à corporação de bombeiros daquele concelho do distrito de Leiria.

O chefe de Estado assinalou hoje o terceiro aniversário da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, que vitimaram 66 pessoas e causaram mais de 250 feridos, além de ter destruído dezenas de habitações e empresas.

Na visita aos bombeiros de Pedrógão Grande, após as cerimónias religiosas realizadas em Figueiró dos Vinhos, o presidente da República elogiou o papel "cada vez mais importante" dos soldados da paz, sobretudo o voluntariado que é insubstituível.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se ainda preocupado com a perda de receitas dos bombeiros no período da pandemia da covid-19, devido à drástica redução do transporte de doentes, uma das suas maiores receitas.

Na mesma intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa fez votos para que a pandemia da covid-19 vá progressivamente baixando de intensidade, libertando mais meios da proteção civil, nomeadamente bombeiros.

"O ideal é que não tenhamos duas frentes em pleno ao mesmo tempo, como teríamos se ocorresse na pior altura da pandemia, e aí era uma solicitação muito forte ter de responder a dois desafios muito difíceis ao mesmo tempo", disse.

"À medida que um vai baixando de intensidade e na medida em que haja uma concentração se for necessário do outro, espero que este verão seja muito diferente do de 2017", acrescentou.

O chefe de Estado assistiu às cerimónias religiosas em Figueiró dos Vinhos, acompanhado dos ministros da Administração Interna e da Coesão Territorial, e depois foi visitar o bombeiro Rui Rosinha, de Castanheira de Pera, ferido no combate aos incêndios, bem como as corporações daquele concelho e de Pedrógão Grande, com uma paragem na aldeia de Nodeirinho, junto ao memorial das vítimas, e na sede da Associação de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande.

A 17 de junho de 2017, deflagrou em Pedrógão Grande um incêndio florestal, que depois alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Sertã, Pampilhosa da Serra e Penela, que fez 66 mortos e 254 feridos.


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