Autor: Lusa/AO online
O policiamento na zona do CCB, localizado na Praça do Império, foi reforçado depois de as grades fixadas ao chão com cimento terem sido derrubadas.
A barreira de proteção acabou por ser feita por um cordão policial dos elementos do corpo de intervenção da PSP.
No local estão também elementos do grupo cinotécnico da PSP e equipas de intervenção rápida.
Centenas de pessoas desfilaram entre o Largo do Calvário e a Praça do Império, em Lisboa, em protesto contra a visita Portugal da chanceler alemã, Angela Merkel.
A manifestação é promovida pelos subscritores do protesto “Que se lixe a troika” mas recebeu, também, o apoio de outros movimentos, grupos e partidos políticos como os estivadores, os precários inflexíveis, o Bloco de Esquerda e o PCTP/MRPP que se juntaram à marcha.
Ao longo do percurso, os manifestantes cantaram Grândola vila morena e entoaram palavras como “Governo, Merkel e FMI fora daqui”.
No desfile destacavam-se dois bonecos gigantes vestidos com t-shirts negras e com cruzes suásticas. Um deles foi queimado pelos manifestantes à porta do Centro Cultural de Belém.
A chanceler alemã está hoje em Lisboa para uma visita oficial de cinco horas, que inclui reuniões com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros e com empresários dos dois países.
Esta é a primeira vez que a chefe do Governo da Alemanha visita oficialmente Portugal e a deslocação acontece num momento em que internamente cresce a contestação ao programa assinado com a 'troika', estando previstas duas manifestações anti-Merkel em Lisboa.
A visita, segundo disse Merkel numa entrevista à RTP, no domingo, é “uma contribuição” para mostrar que a Alemanha “quer ajudar” e “para ver o que se pode melhorar na cooperação entre empresas para gerar mais empregos".
Angela Merkel afirmou também não haver motivos para Portugal renegociar com a ‘troika’ ou pedir novo resgate, elogiando a coragem com que o Governo faz o ajustamento financeiro.