Autor: Lusa/AO online
Em
dia de greve de trabalhadores não docentes, Tiago Brandão Rodrigues não
comentou diretamente a paralisação, mas afirmou que o Governo "tem
feito um esforço" para aumentar o número de assistentes nas escolas.
Com
a nova portaria que definiu o número de assistentes por escola,
entraram quase 3.000, informou, com "incidência clara no pré-escolar e
nas necessidades educativas especiais".
O
ministro afirmou que a prioridade tem sido "todo um trabalho de
desprecarização", com a conversão de contratos de inserção em contratos
de trabalho e com a homologação de entradas no âmbito do Programa de
Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração
Pública (PREVPAP).
Tiago
Brandão Rodrigues salientou que o seu Ministério tem "o maior conjunto
de funcionários" para entrarem através do PREVPAP, garantindo que todos
"verão a sua situação desprecarizada e a sua ingressão na administração
pública".
Cerca
de 500 escolas estão hoje encerradas devido à greve dos trabalhadores
não docentes, segundo um balanço de sindicatos que representam estes
profissionais, que aponta para uma adesão entre 80% e 85%.
O
balanço foi feito hoje ao final da manhã por Artur Sequeira, da
Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais, que lembrou os principais motivos do protesto: baixos
salários, precariedade ou a falta de funcionários nas escolas.
Numa
conferência de imprensa realizada à porta da escola secundária Vergílio
Ferreira, em Lisboa, esteve também o secretário-geral da CGTP, Arménio
Carlos, que acusou o Governo de ser "tio Patinhas" na forma como está a
olhar para as escolas que têm carência de funcionários, o que pode pôr
em causa a segurança dos alunos, assim como a qualidade do ensino.