Açoriano Oriental
Maioria dos açorianos vai ganhar o ordenado mínimo em 2011
A grande maioria dos trabalhadores de empresas privadas dos Açores vai ganhar o ordenado mínimo regional, em 2011, indicam os resultados preliminares de um estudo divulgado pela União de Sindicatos de Angra do Heroísmo.

Autor: Lusa / AO online

“Em 2011, a maioria dos trabalhadores do sector privado açoriano, com excepção das chefias, estarão todos a ganhar o ordenado mínimo”, adiantou o dirigente sindical Victor Silva, na apresentação dos resultados preliminares de um estudo sobre a evolução do salário mínimo regional.

Victor Silva assegurou que “o aumento previsto dos ordenados, em taxas variáveis estimadas entre os 3,5 e 02 por cento, entre os anos de 2008 e 2011, serão sempre menores que os cinco por cento previstos no complemento atribuído pela lei”.

Perante isso, a União de Sindicatos de Angra do Heroísmo preconiza que a “compensação regional do salário mínimo se faça repercutir nas tabelas salariais de todos os trabalhadores da região e não tendo em conta as diferentes categorias profissionais”.

De acordo com os dados preliminares do estudo, um trabalhador que, actualmente, ganhe 450 euros, se receber aumentos de 02 por cento ao ano, em 2001, estará a receber 486 euros.

No mesmo período, “o salário mínimo regional crescerá de 450 euros para 525 euros”, o que significa, segundo o sindicato, um crescimento real do vencimento menor do que o salário mínimo oficial.

O sindicato reivindica, nesse sentido, que os cinco por cento do complemento do salário mínimo regional venha a ser aplicado “por igual a todas as categorias profissionais das diferentes tabelas salariais”.

Victor Silva sublinhou, ainda, que “não haverá, em termos de vencimentos, distinção entre as diversas categorias profissionais, entre a qualificação profissional, o mérito do desempenho de funções nem diferença entre trabalhadores especializados e os não diferenciados”.

“Será por isso inútil”, acrescentou, em termos de estímulo, a “aposta que o Governo Regional diz ir fazer na formação profissional já no próximo ano”.

O dirigente sindical diz que a formação é essencial “se quem tiver mais habilitações e melhor desempenho também ganhar mais”.

Segundo a União dos Sindicatos o estudo, elaborado no âmbito da CGTP-Intersindical deverá estar concluído e apresentado no primeiro trimestre do próximo ano.

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