Açoriano Oriental
Finanças
Lucro da Parpública sobe 15 vezes
 O resultado líquido da Parpública no primeiro semestre cresceu para 200,9 milhões de euros, 15 vezes mais do que no mesmo período de 2008, impulsionado pelos ganhos obtidos com a nova operação de reprivatização da EDP.

Autor: Lusa/AO Online

 

O segmento da 'gestão de outras participadas e diversos', que inclui as participações estatais no sector energético (EDP, REN e Galp Energia), foi o que mais contribuiu para os resultados apurados, sendo igualmente o que mais peso tem na estrutura patrimonial consolidada do Grupo. Este segmento representa 49 por cento dos activos e 50 por cento dos passivos de financiamento, mas 67,5 por cento do capital próprio do Grupo, percentagens que são equivalentes as verificadas no final de 2008.

"Para além da relevância em termos da estrutura patrimonial, este segmento é também o principal gerador de benefícios económicos do Grupo, tendo apurado no semestre um resultado líquido superior a 228 milhões de euros, valor que ultrapassou em mais de 52 por cento o alcancado no final do primeiro semestre do ano anterior", informou a Parpública no comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado apurado beneficiou, sobretudo, dos ganhos decorrentes de operações de reprivatizaçãoo, nomeadamente os gerados pelas emissões de permutáveis associadas à reprivatização da EDP, mas foi altamente penalizado pelo segmento das actividades aeronáuticas, em especial da TAP.

O programa da reprivatização da EDP permitiu "obter um ganho superior a 143 milhões de euros, resultante em 72 milhões de euros do valor de mercado da opção e no remanescente da evolução da cotação em bolsa das acções que constituem o activo subjacente destas emissões, a par do recebimento em 2009 do correspondente dividendo", precisou a Parpública.

Os ganhos originados pelas participações na EDP, na REN e na Galp energia, representam cerca de 95 por cento do total dos ganhos obtidos no segmento com a carteira de participações.

A outra principal componente dos rendimentos, os ganhos em participadas, embora tendo atingido o montante de 108 milhões de euros, "situou-se abaixo do valor alcançado no primeiro semestre de 2008, essencialmente devido a evolução dos ganhos obtidos com as participações na EDP e na Galp Energia, que se reduziram no semestre em aproximadamente 65 milhões de euros e 27 milhões de euros, respectivamente, face aos ganhos obtidos no periodo homólogo", lê-se no comunicado.

Já as vendas da sociedade gestora de participações estatais baixaram 7,4 por cento, em termos homólogos, para 1,26 mil milhões de euros.

"Quanto ao custo com o financiamento é de referir que o mesmo se mantém controlado e em linha com os valores previstos, o que também resulta da estratégia de consolidação de dívida e de diversificação do risco que vem sendo prosseguida", revelou a Parpública.

No que toca às perspectivas para o final do ano, "não estando prevista qualquer nova operação de reprivatização, a evolução dos negócios das principais participadas e dos mercados financeiros, dado o seu impacto no valor dos instrumentos financeiros associados à reprivatização da EDP serão determinantes para os resultados a apurar no final do exercício", sublinhou a empresa liderada por João Plácido Pires.

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