Autor: Carlota Pimentel
O cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores às
legislativas, António Salgado Almeida, defende a criação de um plano
regional de habitação, liderado pela Direção Regional da Habitação, com
um orçamento correspondente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Defendemos
o orçamento de 1% do PIB para construir, para recuperar, para manter a
habitação pública”, afirmou em declarações ao Açoriano Oriental.
António Salgado Almeida propõe ainda a implementação de tetos máximos nas rendas, contratos de arrendamento com duração mínima de 10 anos, controlo dos créditos bancários e o recurso à Caixa Geral de Depósitos para financiar a construção e o crédito à habitação.
Além disso, no
seu entender, são necessárias medidas para “combater a especulação
imobiliária”, bem como “impor regras no alojamento local e na compra de
imóveis por estrangeiros (…), que é o que inflaciona e cria esta
situação que vivemos”, apontou.
O candidato da CDU sublinhou que a
habitação, a saúde, os salários, a valorização do trabalho e as
privatizações dos serviços públicos são temas centrais da campanha que
tem vindo a desenvolver pelo arquipélago.
“Temos procurado ir a todas as ilhas e, em cada uma, abordar um dos temas que nos preocupam mais”, referiu.
Em relação à mobilidade, destacou a situação da SATA e os transportes marítimos, temas que considera prioritários para um deputado eleito pelos Açores na Assembleia da República.
O candidato revelou ainda que a CDU irá tomar posição pública sobre a privatização da transportadora aérea regional.
“É um assunto que nos preocupa. Oportunamente, vamos procurar também tomar uma posição pública e mais clara sobre o assunto”, disse.
Questionado sobre a reunião com o Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo, que decorreu esta quarta-feira, António Salgado Almeida afirmou que “agora não interessa chorar sobre o leite derramado, nem discussões académicas se deveria ter sido decidido assim ou assado”.
E prosseguiu: “Temos um hospital com duas estruturas, uma nova modular e a antiga. Interessa recuperar a antiga o mais rapidamente possível, para que fique a funcionar em pleno, mantendo também a funcionar por mais 25, 30 ou 35 anos, que é o período de vida que tem a estrutura modular”.
Para o candidato da CDU às legislativas de 18 de maio, a prioridade é dotar o hospital com os recursos humanos necessários.
“Interessa agora é recheá-lo com quadros médicos, de enfermagem,
técnicos, auxiliares, toda uma estrutura que tem que dar vida e
qualidade ao nosso maior hospital da Região”, sustentou.