Justiça russa recusa libertação antecipada a membro das Pussy Riot

A justiça russa rejeitou esta sexta-feira um pedido de libertação antecipada de Nadejda Tolokonnikova, membro do grupo punk Pussy Riot, que cumpre uma pena de prisão de dois anos por ter cantado uma "oração" contra Vladimir Putin num templo ortodoxo.


O Supremo Tribunal da Mordóvia, república da Federação da Rússia onde se encontra o campo de trabalho, recusou rever a sentença anteriormente ditada por uma instância jurídica inferior.

"A libertação foi recusada a Tolokonnikova, vai ser mantida na prisão até ao fim da pena", escreveu no Twitter um membro do grupo contestatário Voina (Guerra), ligado às Pussy Riot.

A Agência Ria-Novosti confirma esta notícia, a partir de Saransk (Mordóvia, 650 km a este de Moscovo).

Os advogados de defesa poderão ainda apelar para o Supremo Tribunal da Federação da Rússia.

O grupo punk-rock Pussy Riot tornou-se conhecido em fevereiro de 2012, quando quatro jovens cantaram uma "oração" a Nossa Senhora para livrar a Rússia do atual Presidente, Vladimir Putin, no interior da Catedral de Cristo Salvador de Moscovo.

Três delas (Nadejda Tolokonnikova, Maria Aliokhina e Ekaterina Samutzevitch) foram detidas e condenadas a dois anos de campo de trabalho, tendo, mais tarde, Samutsevitch saído em liberdade condicional.

Organizações de defesa dos Direitos Humanos e conhecidas personalidades da cultura russas e estrangeiras apelaram à sua libertação, considerando que a pena viola princípios como o da "liberdade de consciência", mas o Kremlin pretende fazer deste caso um exemplo para os seus opositores.

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