Açoriano Oriental
João Loureiro suspenso por quatro anos
João Eduardo Pinto de Loureiro, 44 anos, primogénito do major Valentim Loureiro, foi condenado a quatro anos de suspensão no futebol, no âmbito do processo Apito Final, seis meses após ter abandonado a presidência do Boavista.

Autor: Jorge Figueira, Lusa/AO online
O ex-dirigente "axadrezado" colocou um fim à ligação de nove anos Boavista a 17 de Novembro, quando cedeu a presidência do clube a Joaquim Teixeira, o que foi confirmado em Dezembro, quando deixou os destinos da SAD "axadrezada" nas mãos de Álvaro Braga Júnior.

    João Loureiro, casado e com quatro filhos, sócio do Boavista desde 29 de Janeiro de 1977, integrou várias equipas dos escalões jovens e, a 11 de Julho de 1994, foi eleito presidente-adjunto da Direcção, antes de vencer as eleições para a presidência do clube, a 14 de Fevereiro de 1997, sucedendo ao pai.

    Era então o mais jovem presidente de um clube da primeira divisão e também o mais novo a assumir o comando do Boavista, com 33 anos.

    A 08 de Janeiro de 2000 foi reeleito, acumulando mais tarde o cargo de presidente do clube com o de presidente do Conselho de Administração da Boavista SAD, uma entidade criada em 08 de Agosto de 2000, tendo sido novamente reeleito em 24 de Janeiro de 2004, com votação recorde.

    Nos seus mandatos, triplicou o número de sócios do clube, que passou de 8.000 para 24.000, e edificou o Estádio Bessa Século XXI, um dos 10 palcos do Euro2004, conquistando ainda o primeiro campeonato nacional de futebol do Boavista (2000/2001) e a Supertaça Cândido de Oliveira (1997/98).

    Na temporada 2002/2003, o Boavista voltou a estar em destaque, ao atingir as meias-finais da Taça UEFA, depois de ter disputado a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões Europeus.

    O percurso desportivo de João Loureiro é tão rico quanto o seu passado como figura do panorama musical português nos anos 80, então na liderança das bandas pop Ban (abreviatura de Bananas) e Zero.

    No liceu Garcia de Orta e depois nos tempos da Universidade Católica, na qual se licenciou em Direito, João Loureiro foi seguindo os passos do pai no seio do PSD, primeiro na Juventude Social-Democrata, e desenvolvendo o gosto pela música e pelos projectos musicais. Aos 12 anos, já ganhava dinheiro numa loja de venda de discos e as bandas foram o passo seguinte.

    Com os Ban ganhou um concurso musical para novas bandas musicais, que lhe permitiu gravar o primeiro disco, mas também esteve à frente de ciclos de novo rock na Cooperativa Árvore e numa sala da Cruz Vermelha, em Massarelos.

    Ainda é hoje trauteado o "surrealizar, por aí", uma frase da música dos Ban "Ideal Social", mas no ouvido dos "rockeiros" dos anos 80 ficou um tal "Encontro com Mr. Hyde" e muitos momentos curiosos em que o filho do major abrilhantava programas de televisão e grandes espectáculos musicais.
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