Autor: Lusa/Açoriano Oriental
Os planos, aprovados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pelo ministro da Defesa Avigdor Lieberman, darão corpo ao maior colonato israelita construído dos últimos anos.
O ministro da Defesa israelita anunciou os planos através de um comunicado, que especifica que a maior parte das casas será construída dentro de blocos reservados a colonatos já existentes na Cisjordânia.
Cerca de 10.000 m2 de nova construção serão localizados no colonato de Beit E1, perto de Ramallah, especificou o ministério dirigido pelo líder da extrema-direita israelita.
Foi ainda aprovada a construção numa zona industrial palestiniana junto à cidade de Hebron, na Cisjordânia.
Netanyahu utilizou a rede social Twitter para dar nota da aprovação, sublinhando que o Governo “está a construir e vai continuar a construir”.
Um porta-voz do líder palestiniano, Mahmud Abbas, reagiu ao anúncio, considerando que os planos representam um novo golpe nas tentativas de um acordo de paz na região e irão promover o extremismo e o terrorismo, noticiou a agência France Presse.
Nabil Abu Rdeneh afirmou que a decisão ignora a oposição internacional aos colonatos, apelando à comunidade internacional para assumir uma “posição real e séria” contra Israel.
Donald Trump fez do apoio a Israel uma das notas mais sonantes da sua campanha e a direita israelita tem procurado tirar partido desse respaldo, com a extrema a apelar ao fim da ideia de um estado palestiniano.
Netanyahu tem dito até agora que apoia a solução dos dois estados, mas, de acordo com a comunicação social israelita no último domingo, terá dado instruções ao seu Governo para levantar todas as restrições à construção de colonatos nas zonas palestinianas ocupadas por Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O chefe do Governo israelita tem planos para expandir a construção de colonatos em vastos blocos na Cisjordânia e considera a hipótese de reclamar a soberania israelita sobre os mesmos, de acordo com os media locais.