Autor: Lusa / AO online
Esta semana "são aguardadas as decisões do BCE e do Banco de Inglaterra sobre as taxas de juro, estando o consenso a aguardar a sua manutenção nos 1,5 por cento no caso da zona euro e nos 0,5 por cento no caso britânico", disse à Lusa Telma Santos, analista de ações do Millennium investment banking.
Segundo a estimativa rápida do Eurostat divulgada na sexta-feira, a inflação na zona euro deverá subir 0,5 pontos percentuais para três por cento em setembro, face ao período homólogo.
Em agosto, a inflação na zona euro situou-se nos 2,5 por cento, já acima do objetivo do BCE de manter o nível deste indicador próximo dos dois por cento.
Nas últimas semanas tem havido repetidos pedidos para que o BCE corte as suas taxas de juro, de modo a estimular o crescimento ao nível da União Europeia, numa altura em que a crise da dívida soberana se tem intensificado.
Na quarta-feira, será divulgado o valor final do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, "sendo esperado que a economia britânica tenha crescido 0,2 por cento (em termos trimestrais) e 0,7 por cento (em termos) no segundo trimestre", afirmou Telma Santos, a partir do consenso dos analistas contactados pela agência de informação financeira Bloomberg.
Nos Estados Unidos, a semana será preenchida em termos de divulgação de indicadores, com as atenções a centrarem-se no mercado laboral.
Esta semana será conhecido o relatório de emprego, "que deverá apontar para a criação de 50 mil empregos em setembro, excluindo o setor primário", e o instituto ADP deverá apontar para a geração de 75 mil empregos por parte das empresas.
"Ainda assim, é antecipada a manutenção da taxa de desemprego nos 9,1 por cento", acrescentou a analista.
Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quinta-feira o índice de volume de emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria.