Em declarações aos jornalistas após uma reunião com a Associação Económica e Cultural dos Açores, que tem sede em Ponta Delgada, Luís Quental criticou a ausência de uma estratégia cultural por parte da autarquia.

“Temos aqui empresas regionais com bastantes capacidades técnicas e humanas para organizar grandes eventos e o que é que se nota por parte da Câmara? Uma falta de estratégia, uma falta de um cronograma durante o ano com eventos”, declarou.

Luís Quental realçou que a criação de uma estratégia cultural com "festivais, concertos e mostras gastronómicas" poderia “ocupar a época baixa” e “combater a sazonalidade”.

“A partir de setembro ou outubro, e até maio, não há eventos. Existem muitos trabalhadores na Câmara e não seria difícil criar um gabinete de cultura e turismo que colmatasse esse défice de oferta cultural [para], juntamente com o turismo, trazer fluxos turísticos na época baixa”, defendeu.

O liberal criticou o atual executivo camarário, liderado pela social-democrata Maria José Duarte, pela “gestão” na área cultural, realçando que a “oferta cultural é quase nula”.

“A economia só é relançada com uma boa oferta turística e associado à oferta turística temos o setor da cultura que desempenha um papel fundamental”, advogou.

O candidato defendeu ainda que a cultura deve ter um “peso primordial” na gestão camarária.

“Para 2027 Ponta Delgada é candidata a capital [europeia] da cultura. E o que é que verificamos? Não temos uma companhia de teatro e não temos hábitos culturais vincados na nossa cidade e no nosso concelho”, assinalou.