Açoriano Oriental
Identificadas onze bacias hidrográficas e duas zonas costeiras de risco nos Açores

Segunda fase do Plano de Gestão de Riscos de Inundação aponta a existência de mais seis bacias hidrográficas em situação de risco


Identificadas onze bacias hidrográficas e duas zonas costeiras de risco nos Açores

Autor: Paulo Faustino

A segunda fase do Plano de Gestão de Riscos de Inundação da Região, que irá vigorar entre 2022 e 2027, indica que nos últimos seis anos foram identificadas onze bacias hidrográficas de risco, isto é, mais seis em relação ao ciclo anterior, além de duas zonas costeiras também de risco, uma delas São Roque, nos arredores da cidade de Ponta Delgada.

A revelação foi feita pelo Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, que especificou tratar-se, no caso das bacias hidrográficas de risco a mais, das grotas da Areia e do Cinzeiro em São Miguel; da Ribeira da Casa da Ribeira e da Ribeira de São Bento na Terceira; da Ribeira Seca em São Jorge e da Ribeira do Dilúvio no Pico.

No que diz respeito às zonas costeiras de risco, o documento aponta, além da freguesia micaelense de São Roque, também São Roque do Pico.
Na primeira fase do Plano de Gestão de Riscos de Inundação da Região eram cinco as bacias hidrográficas em risco: duas em São Miguel (Ribeira Grande e Ribeira do Velado, na Povoação), duas na Terceira e uma nas Flores.

Com base nas ocorrências registadas nos últimos seis anos, é definido um plano com medidas concretas para intervenção nas linhas de água com maior histórico de danos, com vista à minimização dos riscos de cheia nesses locais.

“No fundo, este plano permite identificar as bacias que apresentam maior risco de inundação na Região e isto permite também definir um conjunto de medidas de intervenção nessas bacias hidrográficas. Ou seja, é a forma que nós temos de fazer um diagnóstico de quais são as situações mais urgentes ao nível da intervenção”, frisou.

Com os efeitos das alterações climáticas, o que se prevê é que haja um aumento da intensidade e da frequência de inundações nos Açores.  Alonso Miguel considera que a resposta a esse problema passa pela aplicação de medidas e instrumentos de ordenamento do território “muito rigorosos”, isto “porque grande parte destas situações é evitada, naturalmente, com ordenamento do território adequado”.

Recorde-se que vai ser implementado no arquipélago um sistema de alertas de cheia em bacias hidrográficas de risco com o objetivo de, com antecedência, fornecer informação que possa ser utilizada para proteger as populações e minimizar os riscos de inundações e de fenómenos naturais extremos.


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