Autor: Lusa/AO Online
Com o novo acordo, anunciado na segunda-feira, a Alemanha passa a pagar pensões de indemnização a um total de 66.000 sobreviventes dos campos de concentração e guetos nazis, incluindo pessoas que tiveram de viver escondidas sob falsa identidade.
"Não é uma questão de dinheiro. É o reconhecimento da Alemanha do sofrimento causado a estas pessoas", disse Greg Schneider, vice-presidente executivo da conferência.
Schneider disse que o acordo humanitário foi possível graças ao alargamento dos critérios de pagamento aos sobreviventes do Holocausto.
De acordo com as novas regras, que entram em vigor a partir de 01 de janeiro, qualquer judeu que tenha passado 12 meses num gueto, escondido ou a viver sob falsa identidade, é elegível para uma pensão de 300 euros mensais (cerca de 375 dólares). Para os residentes nos países do antigo bloco soviético, o valor mensal é de 260 euros.
Dos novos beneficiários das pensões do governo alemão, 5.000 vivem nos Estados Unidos.
"Eles estão finalmente a ver reconhecidos os horrores que passaram na sua infância", disse Schneider à Associated Press.
Todavia, parte do acordo não cobre imediatamente os sobreviventes nascidos a partir de 1938.
"Iremos continuar a pressionar para uma maior liberalização, de forma a assegurar que nenhum sobrevivente do Holocausto é privado do reconhecimento que merece", afirmou, em comunicado, Stuart Eizenstat, negociador especial da conferência.
Schneider planeia nova viagem a Berlim em janeiro para dar continuidade às negociações.