Autor: Lusa/Ao online
O barco “Diciotti” aguarda há três dias autorização para atracar a um porto e tem a bordo migrantes que tinham sido resgatados por outros navios da capitania, quando se encontravam em dificuldades, explicou o Ministério do Interior.
O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, afirmou que caberia ao Estado de Malta ocupar-se destas pessoas, mas as autoridades de Valeta argumentaram que o navio se encontrava próximo da ilha italiana de Lampedusa e que o resgate caberia a Roma.
Face a este braço de ferro entre Malta e Itália, espera-se que se possa voltar a adotar a solução de repartir os migrantes por vários Estados europeus, como aconteceu com o navio “Aquarius”, das organizações não-governamentais SOS Méditerranèe e Médicos Sem Fronteiras, com 141 migrantes, que atracou a um porto maltês depois de ter aguardado a respetiva autorização durante cinco dias.
No caso do “Diciotti”, Itália nega autorização de atracagem nos seus portos a um navio da sua Guarda Costeira, que atualmente se encontra a escassas milhas de Lampedusa.
No navio patrulha da Guarda Costeira italiana, entre os 177 migrantes, encontram-se seis mulheres e 34 menores e 13 pessoas tiveram de ser levadas para Lampedusa por razões sanitárias, noticia a agência Efe.