Autor: Lusa/AO Online
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou na passada terça-feira que o Conselho de Ministros tomará uma decisão sobre o processo de privatização da TAP e escusou-se a prestar mais declarações sobre este assunto.
Ao longo do processo, que chegou à fase final com um único interessado, o Governo admitiu a hipótese de congelar o processo de privatização da companhia aérea, se considerar que a proposta de compra, apresentada no passado dia 07, não assegura o interesse nacional.
O candidato German Efromovich disse, em entrevista à agência Lusa, que está "otimista" em relação ao desfecho do processo, recusando-se a revelar os valores da proposta final entregue à Parpública, empresa gestora das participações públicas.
O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, defendeu que é preciso "ter cautelas redobradas" na privatização da TAP, considerando que "a soberania tem que ser salvaguardada", já que se trata de "uma companhia de bandeira".
Este é um dos argumentos que tem levado a oposição, em bloco, a pedir a suspensão da venda da TAP.
Também os trabalhadores da companhia têm levantado a voz contra a privatização e, na quarta-feira, numa reunião com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, reiteraram que "a TAP não pode ser vendida a saldo e no pior momento dos últimos 100 anos".
Dessa reunião, André Teives, porta-voz dos oito sindicatos representativos dos trabalhadores, saiu com "poucas dúvidas (?) que o Conselho de Ministros decida que não vende a TAP agora a este investidor".