Açoriano Oriental
Governo açoriano garante ativação do Fundopesca em dezembro
O secretário regional dos Recursos Naturais, Luís Neto de Viveiro, prometeu esta sexta-feira que o Fundopesca será ativado em dezembro, cabendo ao conselho regional a definição do valor a atribuir aos pescadores açorianos.
Governo açoriano garante ativação do Fundopesca em dezembro

Autor: Lusa/AO online

“Decidimos convocar o conselho de administração do Fundopesca para o próximo dia 10 e nesta reunião far-se-á o balanço da situação e, naturalmente, será ativado dentro dos condicionalismo e regras atuais o Fundopesca”, afirmou Luís Neto de Viveiros aos jornalistas, após uma reunião com a direção da Federação das Pescas dos Açores.

O Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca dos Açores, vulgarmente designado como Fundopesca, foi criado em 2002 com o objetivo de atribuir uma compensação salarial aos pescadores quando o mau tempo não lhes permite sair para o mar.

Para o governante açoriano, as baixas capturas registadas e a diminuição dos rendimentos dos pescadores nos últimos meses justificam a ativação do apoio nesta altura.

Luís Neto Viveiro adiantou, ainda, que o executivo açoriano tenciona fazer uma revisão das atuais regras do Fundopesca, sem contudo avançar já com nenhuma alteração em concreto.

Na reunião do conselho administrativo do Fundopesca, agendada para 10 de dezembro na Horta, o presidente da Federação das Pescas dos Açores, José António Fernandes, revelou que irá propor a atribuição de apenas 50% do salário mínimo regional aos pescadores.

“Pensamos que se for atribuído 50% do salário mínimo regional será uma ajuda”, disse o responsável, justificando que se for já atribuído os 100% “como faremos depois se vier mau tempo?”

O Sindicato Livre dos Pescadores dos Açores e a Cooperativa Porto de Abrigo consideraram, recentemente, “uma emergência” perante “necessidades prementes” ativar o Fundopesca, alegando que “há pescadores sem dinheiro para pagar a água, a eletricidade ou as rendas sociais”.

José António Fernandes apelou à calma dos membros mais críticos da atuação da direção da Federação das Pescas, alegando que “é preciso apoiar a vertente social dos pescadores, mas com calma”.

“A posição desta direção da Federação das Pescas não é de histerismo. Vamos com calma conversar, não lavamos roupa suja em praça pública”, sustentou, assegurando que a sua postura é mais cautelosa e não de “defesa dos impossíveis”.

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