Açoriano Oriental
Foguetes assinalam o início das comemorações
O lançamento de foguetes em todas as freguesias da ilha do Faial, nos Açores, assinalou quinta-feira o início das comemorações dos 50 anos da erupção do Vulcão dos Capelinhos, que se vão prolongar por 13 meses.
Foguetes assinalam o início das comemorações

Autor: Lusa / AO online
As comemorações do fenómeno natural que mudou a vida dos habitantes da ilha açoriana vão se prolongar por mais de um ano, o mesmo tempo que durou a crise vulcânica, que se iniciou a 27 de Setembro de 1957.

Para quinta-feira estão previstas visitas guiadas ao Vulcão dos Capelinhos, actualmente uma das principais atracções turísticas da ilha com cerca de 15 mil habitantes, e uma missa celebrada pelo bispo de Angra e Ilhas dos Açores, D. António de Sousa Braga, na igreja do Capelo, uma das localidades mais afectadas pela erupção.

À noite a Sociedade Amor da Pátria, na cidade da Horta, vai ser palco de uma sessão solene, com a presença do presidente do Governo Regional, Carlos César, e do embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal, Alfred Hoffman.

No período seguinte à erupção, os EUA aprovaram legislação especial que permitiu a milhares de açorianos emigrarem para tentarem reconstruir a sua vida, na sequência das condições extremas a que estavam sujeitos na ilha do Faial.

O consulado norte-americano em Ponta Delgada faz, assim, parte da comissão das comemorações, que vão incluir, ainda, uma série de iniciativas nos Estados Unidos da América e Canadá, locais tradicionais da emigração açoriana.

Estima-se que antes do Vulcão dos Capelinhos residiriam na ilha do Faial quase 30 mil pessoas, cerca do dobro das que existem actualmente.

Para acudir às vítimas da erupção, que destruiu muitas moradias e cobriu de cinzas muitos terrenos de culturas, Portugal solicitou aos Estados Unidos uma autorização especial para a concessão de vistos às populações afectadas.

Sem grandes perspectivas de vida na sua terra natal, muitas famílias optaram por rumar a novas paragens, fugindo à destruição provocada pelo fenómeno vulcânico e procurando um melhor futuro do outro lado do Atlântico.

A erupção vulcânica teve início a 27 de Setembro de 1957, na altura a um quilómetro da costa, junto à ponta dos Capelinhos, transformando-se mais tarde numa ilha de cinzas e lava que acabou por ficar ligada a terra.

O fenómeno só terminou a 24 de Outubro de 1958, mais de um ano depois, deixando um rastro de destruição nas habitações e nos terrenos mais próximos.
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