Açoriano Oriental
Cultura
Festival Juvearte presenteia povo açoriano com várias peças de teatro
O X Festival de Teatro Juvearte, promovido pela Associação de Juventude de Candelária (AJC), terá início esta terça-feira, pelas 21h30, no Coliseu Micaelense.
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Autor: P.Faustino/Daniela B.Correia
O festival, que decorrerá entre os dias 20 e 24 de Outubro e que chega pela primeira vez e em simultâneo às ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Flores, tem como principal objectivo promover o teatro amador, produzido e realizado nos Açores. "O objectivo é promover o teatro, promover o trabalho dos grupos de teatro regionais e também dos que vêm cá, numa tentativa de aprendermos sempre com outros grupos que por cá passam", referiu João Pereira ao Açoriano Oriental. O presidente da direcção da Associação de Juventude de Candelária acrescentou ainda que a intenção do Juvearte é precisamente o intercâmbio e a partilha de experiências: "Uma das grandes linhas de orientação deste festival é que os grupos, depois de se conhecerem, aproveitem a oportunidade para projectarem novos intercâmbios, novas formas de se encontrarem, quer através da ida a outros sítios para mostrar as suas peças de teatro, quer através de co-produções que poderão daqui nascer". João Pereira lamenta o facto de, muitas vezes, os grupos de teatro não terem oportunidade de mostrar o seu trabalho e ainda de o levar para outras ilhas. Segundo o mesmo, este é justamente o ponto que mais precisa de ser trabalhado para que a arte de representação no arquipélago dê o salto qualitativo de que necessita. "Pretendemos sensibilizar e alertar o poder regional para a necessidade, que continua a existir, dos grupos de teatro da Região terem um espaço onde possam apresentar os seus trabalhos (...) Um grupo só se poderá desenvolver e aprender mais, enfim, crescer, se levar o seu trabalho a vários públicos. O público é que nos ensina, nos dá o sinal se o trabalho é bom ou não é muito bom". Contudo, João Pereira afirma não ter "nenhuma dúvida de que o teatro é apoiado", até porque, em dez anos de festival, o público sempre correspondeu. No que respeita ao governo regional, "também tem havido esse apoio (...) Penso que são dados na medida do possível com critérios bastante interessantes e bastante correctos". O presidente da AJC entende que "tem havido essa preocupação, por parte do governo regional, em apoiar a cultura e apoiar o teatro. Penso que estamos no caminho certo para pensarmos e projectarmos o teatro na Região a um patamar mais elevado". O X Festival Juvearte irá também contar com a colaboração de outros grupos de teatro que subirão ao palco nas ilhas Terceira, Faial e Flores, sendo estes o Amphiteatrum (São Miguel), o Teatro da Academia (São Miguel), Fala Quem Sabe (Terceira), o Teatro Extremo (Lisboa) e Teatrito Grupo de Teatro (Faro). Nestas ilhas, os espectáculos do Juvearte irão realizar-se no auditório do Ramo Grande, Praia da Vitória; no Teatro Faialense, Horta; e por último no auditório do Grupo Desportivo "Os Minhocas", em Santa Cruz das Flores. Por sua vez o Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada, sofreu algumas alterações, na medida em que, dentro da sua sala principal, estará montada uma outra divisão de modo a criar uma maior ambivalência, com capacidade para receber 200 pessoas. De salientar que o Festival Juvearte dá aos pais a possibilidade de apreciarem tranquilamente os espectáculos teatrais, uma vez que dispõe de um serviço de acompanhamento para crianças a partir dos três anos. João Pereira acredita que "tudo vai correr bem, que o público vai aderir e gostar" e mostra-se disponível no caso de alguém querer partilhar com ele a sua opinião sobre o(s) espectáculo(s). O Coliseu Micaelense será, esta noite, palco do "Jantar de Idiotas", uma comédia do Alpendre Grupo de Teatro, da ilha Terceira. Na quarta-feira pode assistir-se ao amor impossível de "Julieta", com a Shakespeare Women Company, de Lisboa. Por sua vez o terceiro dia de festival será dedicado ao "Piolhos e Actores", uma comédia da Associação Despe-te Que Suas, da ilha de São Miguel. Sexta-feira será a vez de se assistir à peça "Auto B.I.", encenada pela Dragoeiro Companhia Teatral de Lisboa. No último dia do festival sobe ao palco "António e Maria" pelas mãos do Teatro da Garagem, também de Lisboa. As pessoas que queiram assistir a um espectáculo pagam a quantia de quatro euros pelo bilhete.
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