Açoriano Oriental
Orçamento de Estado
Ferreira Leite acusa Governo de tentar vender ilusões
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou o Governo de tentar vender ilusões e de apresentar o pior orçamento de sempre em termos de transparência, construído a partir dos resultados que queria anunciar.
Ferreira Leite acusa Governo de tentar vender ilusões

Autor: Lusa/AOonline
“Este é um momento em que se exige dos responsáveis que falem verdade em vez de venderem ilusões”, declarou Manuela Ferreira Leite, numa conferência de imprensa sobre o Orçamento do Estado para 2009, na sede do PSD.

    O Presidente da República, Cavaco Silva, fez declarações no mesmo sentido nas comemorações do 5 de Outubro, declarando que “o que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos” e que “quando a realidade se impõe como uma evidência, não há forma de a contornar”.

    “A grande característica deste orçamento é a de não ser transparente, sendo, nesse aspecto, o pior que alguma vez foi apresentado no Parlamento, com tiques de ilusionismo impróprio de um documento com esta importância”, defendeu Manuela Ferreira Leite.

    A presidente do PSD acusou o Governo de ter elaborado a proposta de orçamento para 2009 “a partir da definição dos resultados que importava anunciar” e adaptando as projecções a esses resultados.

    “É um orçamento construído de frente para trás, ou seja, não se baseia em projecções, mas sim em prognósticos”, reforçou, contestando a ideia do Governo de que a proposta de orçamento para 2009 é realista, rigorosa e prudente.

    Segundo Manuela Ferreira Leite, o Governo apresentou um valor da despesa pública para 2009 – 46 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) – inferior ao estimado para este ano “à custa de uma alteração metodológica no registo das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações”.

    “Se o Orçamento do Estado fosse rigoroso o valor efectivo da despesa pública teria de ser apresentado com um crescimento de sete por cento em relação a 2008, atingindo o valor mais alto jamais verificado”, sustentou a ex-ministra das Finanças.

    Manuela Ferreira Leite considerou optimistas a taxa de desemprego de 7,6 por cento e o crescimento de 0,6 por cento previstos pelo Governo e contestou que se preveja um crescimento das receitas do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) e do IVA.
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