Autor: Lusa / AO online
O autarca explicou que o primeiro alerta foi dado em maio e depois começaram a aparecer vários casos, tendo sido necessário internar “uma dúzia de pessoas” no Hospital de S. Teotónio, em Viseu.
“No mês de junho e de julho quase todos os dias apareciam casos novos”, contou, acrescentando que “a situação agora está bem mais calma e só se mantém uma ou duas pessoas internadas”.
O principal foco do surto de brucelose aconteceu na freguesia de Touro, tendo a Direcção Geral de Veterinária mandado encerrar algumas instalações pecuárias, principalmente de caprinos.
“Aqui junto à Serra da Nave ainda há explorações de gado miúdo, ovelhas e cabras, e que foram mais afetadas”, contou José Morgado, que é natural desta freguesia.
Segundo o autarca, foram encerradas “pelo menos duas explorações e levado o gado afetado”. As instalações terão agora que ficar de quarentena, sem animais.
Explicou que a transmissão terá ficado a dever-se ao contacto das pessoas com os animais afetados e as instalações onde se encontravam e também ao consumo de queijo produzido a partir de leite não pasteurizado.
“Se calhar a grande fonte de contaminação foi mesmo o consumo de queijo de cabra”, considerou.
José Morgado garantiu que este surto não tem a ver com a falta de controlo das explorações pecuárias.
“Há um controlo grande do ADS (Agrupamento de Defesa Sanitária) e temos o nosso veterinário municipal que periodicamente faz o controlo a todas as instalações. Mas com o tempo quente da primavera lá aconteceu algum foco que se foi propagando”, acrescentou.