Açoriano Oriental
Ex-professor enfrenta 13 anos de prisão por planear fazer explodir o parlamento polaco
Um antigo professor de Química polaco foi condenado a 13 anos de prisão por ter planeado fazer explodir o parlamento em Varsóvia com um carro-bomba em 2012.
Ex-professor enfrenta 13 anos de prisão por planear fazer explodir o parlamento polaco

Autor: Lusa/AO online

 

Brunon Kwiecien, 48 anos, que tem alegadamente um fascínio pelo assassino norueguês Anders Behring Breivik, foi condenado por planear matar o Presidente, o primeiro-ministro e os deputados em 2012, noticiou a Agência France-Presse.

Antigo professor na Universidade de Agricultura de Cracóvia, Kwiecien, que poderá recorrer da sentença, tinha escondido quatro toneladas de explosivos num carro que tencionava usar durante um debate parlamentar em que estaria presente o então presidente polaco, Bronislaw Komorowski.

"Se Brunon Kwiecien não tivesse sido travado, hoje estaríamos a falar no meio das ruínas do Estado", afirmou a juíza Aleksandra Almert, ao ler o veredicto num tribunal de Cracóvia.

Ainda de acordo com a magistrada, "todos os passos dados por Brunon Kwiecien no que diz respeito ao ataque ao parlamento foram impulsionados pelo seu desejo de liderar uma revolução, para matar o Presidente, ministros e legisladores".

Em novembro de 2012, quando Kwiecien, um nacionalista sem ligações conhecidas a grupos políticos ou extremistas, foi preso, tinha em sua posse TNT, pólvora e outros explosivos, além de armas de fogo, capacetes militares, coletes à prova de bala e cartas de condução falsas.

À data, Donald Tusk, então primeiro-ministro polaco e agora Presidente do Conselho Europeu, disse que Kwiecien "não escondeu o seu fascínio por Breivik", o extremista de direita que matou 77 pessoas num atentado na Noruega em julho de 2011.

Durante as audiências, o ex-professor insistiu ter sido vítima de uma "provocação" de agentes dos serviços de informações polacos que o forçou a agir, embora nunca tenha negado que planeou o ataque, para o qual tentou inclusivamente recrutar dois dos seus alunos.

Contudo, a juíza alegou não ser possível falar em "conspiração" neste caso, considerando que o testemunho do réu e as provas recolhidas permitiram concluir que "ele foi o cérebro" por detrás do plano, que constitui uma reminiscência de uma conspiração de 1605 para fazer explodir o parlamento da Grã-Bretanha, sendo, porém, a primeira tentativa do género na Polónia ex-comunista.

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