Evo Morales anuncia o fim do analfabetismo na Bolívia

O Governo da Bolívia anunciou no sábado o fim do analfabetismo no país e propõe-se apoiar o mesmo combate no Paraguai e Nicarágua, em parceria com Cuba e Venezuela.


    O objectivo de cooperar com o Paraguai e a Nicarágua foi declarado em Cochabamba pelo ministro venezuelano da Educação, Hector Navarro, na reunião da Alternativa Bolivariana das Américas (ALBA).

    "Missão cumprida perante o povo boliviano e o mundo inteiro", exclamou no sábado o Presidente da Bolívia, Evo Morales, recordando que erradicar o analfabetismo foi sempre seu objectivo desde que se candidatou.

    Em Cochabamba, na região central boliviana, cerca de cinco mil pessoas, entre as quais muitos cubanos e venezuelanos, reuniram-se para celebrarem o fim oficial do analfabetismo na Bolívia, numa festa a que assistiu o Presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

    O líder paraguaio chamou a atenção para o facto de que a Bolívia é, depois de Cuba e da Venezuela, o terceiro país da América Latina a alcançar um dos Objectivos do Milénio das Nações Unidas.

    "Quando cada paraguaio, cada boliviano, cada argentino, cada brasileiro possa escrever pelo seu punho a história do seu futuro, já ninguém lhe poderá roubar a esperança", disse o governante paraguaio.

    Lugo disse receber "com muita alegria" a proposta de Morales de estender ao Paraguai o programa "Sim, eu posso", que classificou de "desejo generoso".

    O método audiovisual "Sim, eu posso" permitiu à Bolívia, com impulso financeiro do Governo de Hugo Chávez, alfabetizar, em 33 meses, 820.000 pessoas, quase dez por cento da população.

    O programa de alfabetização, que Morales converteu em questão de Estado, foi possível graças ao donativo cubano de 3.000 televisores e reprodutores de vídeo, além de 8.000 painéis geradores de energia para poder chegar às áreas rurais.

    Cerca de 70 por cento dos recém-alfabetizados com a ajuda de 50.000 monitores são mulheres, maioritariamente indígenas das áreas rurais, o que levou o ministro boliviano da Educação, Roberto Aguilar, a sublinhar quanto isso demonstra a discriminação a que estiveram sujeitas.
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