Açoriano Oriental
EUA e Reino Unido consideram que não há bancos 'demasiado grandes para falir'
As autoridades governamentais norte-americanas estão atualmente preparadas para gerir a falência de qualquer instituição financeira, por maior que seja a sua dimensão, de acordo com os reguladores bancários dos Estados Unidos (EUA) e do Reino Unido.
EUA e Reino Unido consideram que não há bancos 'demasiado grandes para falir'

Autor: LUSA/AOnline

O plano desenhado nos EUA para gerir a falência de um dos principais bancos, e liquidá-lo, funcionaria em caso de necessidade, apesar de ser uma operação complexa, considerou Art Murton, do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), a agência governamental dos EUA cuja principal missão é garantir os depósitos bancários.

O responsável norte-americano falava no sábado numa conferência promovida pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), na capital dos EUA, que contou também com a presença de um membro do Banco de Inglaterra, no caso, Paul Tucker.

O representante britânico concordou com a opinião do seu homólogo norte-americano, que coordenou o plano de desmantelamento de grandes empresas nos EUA, criado após a falência do banco de investimento Lehman Brothers, em 2008, que ajudou a agudizar a grave crise financeira mundial.

"Acho que as autoridades norte-americanas estão preparadas [para gerir a falência de um grande banco] hoje", afirmou Paul Tucker, que colaborou com os reguladores dos EUA na criação do plano de liquidação de firmas de grande dimensão nas matérias relacionadas com as operações internacionais.

"Um sistema financeiro global não sobreviveria se não tivéssemos atacado este problema", frisou.

O Ato Dodd-Frank de 2010 deu os poderes necessários para o FDIC liquidar uma empresa e desmantelá-la caso os reguladores considerem que não é possível haver um processo de falência sem criar uma ameaça significativa ao sistema financeiro.

O plano preparado ainda não foi testado e os reguladores ainda não informaram os bancos sobre como o mesmo funcionará.

"Estamos preparados", realçou Murton, acrescentando que a agência federal norte-americana ainda está a tentar resolver algumas questões ligadas às operações internacionais e que estará ainda melhor preparada para o próximo ano.

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