Autor: Lusa/AO Online
O prazo foi avançado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, durante um almoço informal com jornalistas em Lisboa, no qual estiveram o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e o secretário regional do governo açoriano do Mar, da Ciência e da Tecnologia, Gui Menezes.
O encontro-almoço com a imprensa destinava-se a apresentar o programa da cimeira internacional "Atlantic Interactions", de preparação para a criação do Atlantic International Research Center (AIR Center) dos Açores, e que juntará, na quinta e sexta-feira, na ilha Terceira, mais de 200 participantes de mais de 20 países, entre representantes governamentais, de empresas e instituições académicas e científicas.
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, o AIR Center poderá vir a funcionar como uma organização intergovernamental, com financiamento privado e público, nomeadamente de programas comunitários.
O centro, possivelmente com sede nos Açores, poderá ser uma "rede de várias instituições" em diversos países, admitiu, e estará direcionado para a investigação com aplicação prática, sobre o Atlântico, nas áreas do clima, da atmosfera, dos oceanos, da energia, do espaço e do processamento de dados.
Uma das potencialidades dos Açores mencionada, em particular para a ilha de Santa Maria, é a da construção de uma base de lançamento de microssatélites, para recolha de dados com utilidade para as telecomunicações, a agricultura, as pescas ou os transportes.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, justificou a importância do AIR Center e da cimeira com "a afirmação do país" no exterior e com o reforço da "cooperação bilateral" com outros países, nomeadamente Estados Unidos, Brasil, Índia, Cabo Verde e China, através da "valorização dos recursos científicos e tecnológicos", em especial sobre o Atlântico.
A cimeira na Terceira, com a qual o Governo termina a fase preparatória da criação do AIR Center, visa "posicionar Portugal, os Açores, na agenda de relevância científica mundial", sublinhou Manuel Heitor.