Autor: Arthur Melo
No final da partida de terça-feira, em Moreira de
Cónegos, depois do Santa Clara ter derrotado o Moreirense por 2-1,
Daniel Ramos afirmou que o apuramento “é mais uma conquista, mais um
marco histórico. É uma satisfação, não pessoal, mas coletiva. Era algo
que o grupo queria: desenhar e escrever história. Para nos valorizarmos e
sermos mais vistos como clube de I Liga, precisamos de conquistas. Esta
é uma pequena grande conquista que fica para a história. Se pudermos,
vamos continuar a fazê-las”, reiterou o treinador em conferência de
imprensa.
De acordo com o treinador dos encarnados de Ponta Delgada,
a vitória foi conseguida pela equipa que foi mais determinada e
objetiva na procura do triunfo.
“Hoje, mais do que pensar no
percurso do campeonato, queríamos passar a eliminatória. Fizemos por
isso. Considero que a equipa que mais objetividade e mais determinação
colocou no jogo venceu”, vincou Daniel Ramos aos jornalistas.
O
treinador do Santa Clara destaca que as substituições que realizou no
decorrer da segunda parte (Carlos Júnior entrou para o lugar de Diogo
Salomão aos 65’, enquanto Nené rendeu Costinha aos 84’) acabaram por
resultar em pleno, já que deram à equipa agressividade. Mas houve mais,
como explicou o técnico: “com as substituições, para além de refrescar,
pensámos que poderíamos trazer outra agressividade ao jogo. A entrada do
Carlos Júnior trouxe-nos acutilância para atacar a baliza com mais
objetividade. Com a colocação do Ukra na esquerda, ganhámos largura e
criatividade e faltas. A meu ver, os lances de bola parada poderiam ser
decisivos. O Nené também é jogador de duelos. A minha lógica de
pensamento resultou. Por vezes, não resulta. A equipa demonstrou grande
capacidade trabalho ao longo dos 90 minutos”, resumiu.
Em Moreira de
Cónegos, o treinador Daniel Ramos apresentou um onze com sete
alterações em relação à equipa apresentada no Bessa e a resposta dos
jogadores deixou o técnico satisfeito.
“Fiz muitas alterações no
onze, sete no total, mas com a convicção de que tenho uma equipa
extremamente competente. E a equipa deu uma resposta muito boa. O
plantel é equilibrado e isso é muito bom para o treinador e para os
jogadores, porque sabem que dentro do grupo têm ‘sombras’ e precisam de
trabalhar para ganharem o lugar”, finalizou o treinador que garantiu,
para a o Santa Clara, a inédita presença nos quartos de final da Taça de
Portugal.