Autor: Luís Pedro Silva
O Ministério Público acusou um homem de 25 anos da autoria de um roubo,
em Ponta Delgada, na sequência de um encontro marcado através do
Facebook.
A vítima do crime conheceu o arguido, em janeiro passado,
combinando um encontro sexual na noite de 4 de fevereiro, num
apartamento na freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada.
A acusação
do Ministério Público relata que o arguido e a vítima se encontraram,
inicialmente, na avenida D. João III, seguindo depois para a Urbanização
Diogo Nunes Botelho, em São Roque, onde foi comprada uma substância não
identificada para o arguido se drogar, no interior do seu apartamento.
Esta poderia ser a descrição de uma aventura sexual, mas acabou por se transformar num crime violento.
O arguido, após praticar o ato sexual, começou por pedir 10 euros à vítima e boleia para um determinado local.
A vítima disse que o levaria para onde pretendia, mas recusou entregar-lhe o dinheiro.
Quando
seguiam os dois no carro, o arguido começou a gritar e a exigir 20
euros. A vítima acabou por ficar assustada e aceitou entregar-lhe 10
euros.
Levou o carro para uma caixa multibanco na zona da Calheta,
mas não estava operacional. Voltou a conduzir o carro em direção a uma
caixa multibanco situada na avenida marginal de Ponta Delgada, situada
próxima da esquadra da PSP e instalações do Departamento de Investigação
Criminal dos Açores da Polícia Judiciária.
O Ministério Público
refere que, após a entrega do dinheiro, o arguido pediu para voltar a
casa e seguiram em direção à avenida D. João III. No entanto, quando
passavam junto à Igreja de São Pedro, o arguido apontou uma pistola ao
tórax da vítima e pediu mais dinheiro. A vítima acabou por se dirigir a
uma caixa multibanco, situada numa instituição bancária na avenida D.
João III, entregando 100 euros ao arguido.
A longa aventura
prosseguiu com o pedido do arguido para ser transportado até à cidade da
Lagoa, mas durante o trajeto pediu à vítima para levantar mais 50
euros, numa caixa multibanco situada na freguesia de São Roque.
Foi
nesse momento que a vítima conseguiu enganar o arguido, dizendo que
tinha deixado o cartão multibanco no carro. Quando entrou na viatura
conseguiu fugir do local, apesar do arguido ainda ter tentado
agarrar-se a uma porta da viatura.
O Ministério Público refere que o
arguido ainda pediu a um amigo para guardar a arma, mas o objeto
utilizado na prática do roubo acabou por ser apreendido pela Polícia
Judiciária.
O processo vai agora ser julgado no tribunal de Ponta Delgada.