Açoriano Oriental
Empresários da construção civil dos Açores alertam para investimentos após PRR

A Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA) alertou que é “preciso pensar” nos investimentos após o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo a criação de um plano de obras públicas.


Autor: Lusa/AO Online

Em declarações aos jornalistas, após uma reunião com o presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), a presidente da AICOPA realçou que os “investimentos ao abrigo do PRR estão quase todos lançados ao nível da contratação pública”, estando “muitos a acabar a execução no terreno” e “outros a terminar nos próximos dois anos”.

“Coloca-se aqui uma grande questão às empresas do setor. Nós não queremos voltar às agruras do passado. Nós queremos garantir que vamos continuar a ter trabalho no futuro”, acrescentou, falando aos jornalistas na sede da Presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada.

Alexandra Bragança defendeu a criação de um plano de obras públicas, que tanto pode ser anual ou plurianual, um “documento dinâmico” que permita dar “previsibilidade” às empresas do setor.

“É preciso pensar nos próximos investimentos que a região com certeza há de ter de fazer nas suas infraestruturas, novos ou de requalificação. Todas as infraestruturas que estão a ser criadas ao abrigo do PRR dos Açores vão precisar de ser mantidas”, vincou.

A líder da AICOPA considerou que “seria de boa prática” o Governo Regional “inserir, todos anos, uma rubrica no Orçamento que mostrasse preocupação com o património”.

“Estas empresas para sobreviverem e para poderem garantir os seus postos de trabalho têm de ter garantida uma determinada carteira de obras, cada uma de acordo com a sua dimensão. Seria muito importante que existisse previsibilidade e prever que investimentos são necessários a cada ano”, reforçou.

Alexandra Bragança apelou ainda à “agilização do sistema de incentivos” às empresas e mostrou “preocupação” com o transporte marítimo entre o continente e os Açores que está a causar “constrangimentos no fornecimento de mercadorias”.

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