Autor: Luis Pedro Silva
Fernando
Neves, proprietário do restaurante e presidente da Associação da
Hotelaria de Portugal nos Açores, contou que foi contactado para retirar
o vaso com a árvore, porque “incomodava a circulação dos carrinhos de
bebés” e não tinha efetuado o pagamento de uma taxa obrigatória pela
ocupação de espaços na via pública.
“Foi colocado o vaso com a
árvore - uma oliveira - pelo fator decorativo que transmitia a esta
rua. Acho que devemos ter o máximo de verdura na rua, para embelezar a
cidade, e verifiquei que os turistas gostavam de tirar fotografias ao
lado da árvore. Optei por retirar a árvore após ser ameaçado de que
viria cá um camião retirar o vaso”, explicou o empresário.
Fernando Neves defende que a autarquia de Ponta Delgada deveria ter uma maior sensibilidade para esta situação.
“Deveria
haver incentivos para os empresários embelezarem os espaços, com
plantas e árvores, como acontece em algumas cidades. Em Ponta Delgada
não deveria haver estas restrições”, sustentou.
Fernando Neves
refere ser natural o pagamento de taxas para a ocupação de espaços
comerciais, nomeadamente esplanadas na rua, e a colocação de painéis
publicitários, mas defende uma maior tolerância da autarquia para a
colocação de plantas decorativas.
“Os particulares e empresários
deveriam ser incentivados a colocar mais verdura na rua. Seria uma forma
de embelezar a cidade de Ponta Delgada, aliada à natureza exuberante
nos Açores. Tenho esplanadas na avenida, onde pago taxas, mas esta
árvore foi colocada nesta travessa como objeto de decoração, porque todo
o comércio nesta zona está fechado. A única porta aberta ao público é
este restaurante”, argumentou o empresário.