Açoriano Oriental
Emigrantes preservam campas de família
Embora longe da sua terra natal os emigrantes açorianos radicados nos Estados Unidos da América e Canadá fazem questão de preservar as campas de família nos cemitérios das ilhas, a milhares de quilómetros de distância.

Autor: Lusa / AO Online

José Leonardo, vereador da Câmara Municipal da Horta responsável pela gestão do Cemitério do Carmo, o único da cidade, diz que os emigrantes “mantêm uma ligação muito forte à sua terra”, que se nota, por exemplo, na forma como preservam as campas dos cemitérios.

No caso do cemitério da Horta, as campas que existem de familiares de emigrantes estão bem preservadas por pessoas contratadas para o efeito, explicou o vereador.

A ilha do Faial foi uma das mais afetadas pelo fenómeno da emigração, quando os Estados Unidos abriram as portas à entrada de milhares de açorianos no início da década de 60 do século XX, na sequência dos estragos provocados pelo Vulcão dos Capelinhos (1957/58).

Apesar do empenho colocado pelos emigrantes na manutenção das campas de família, o Cemitério do Carmo, tal como outros da Região, apresenta muitas campas e jazigos de família danificados.

No caso do cemitério faialense, a diferença é mais notória, uma vez que o espaço foi ampliado há cerca de três décadas, e a zona nova está ocupada com as campas mais recentes, ao passo que na zona velha estão as campas e jazigos mais antigos, alguns dos quais ao abandono.

“Quando nós vemos uma campa ao abandono, notificamos o proprietário, se ele não responder, colocamos um edital e ele tem 30 dias para dizer o que pretende fazer”, recorda José Leonardo, adiantando que no caso da autarquia continuar a não ter resposta da parte do dono, a campa “reverte a favor da Câmara”.

Independentemente da situação em que se encontram as campas, no primeiro dia de Novembro, Dia dos Fiéis Defuntos, dezenas de faialenses rumam ao Cemitério do Carmo para a habitual homenagem aos familiares falecidos.

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