Autor: Lusa/AO Online
Em declarações aos jornalistas à porta do restaurante "A Valenciana", em Lisboa, questionado sobre a situação da TAP, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Sobre essa matéria eu penso que o Presidente da República não deve pronunciar-se".
"Tudo o que eu possa dizer neste momento não facilita, dificulta. E, portanto, eu não vou dificultar uma realidade que já não é fácil", justificou.
O chefe de Estado disse que esta "é uma matéria que está a ser tratada por quem deve ser tratada: pelo Governo e naturalmente pela própria TAP, e de alguma maneira também em permanente diálogo entre o Governo e as autoridades europeias".
Referindo-se às autoridades europeias, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a sua ação "não é irrelevante, porque é um problema em parte comum com outras companhias aéreas".
"E é importante saber qual é o tratamento europeu perante as companhias aéreas", defendeu.
Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou na Assembleia da República que "o Estado português vai partir para uma negociação com a TAP" em que não pode "excluir nenhum cenário" para a companhia aérea, "inclusivamente o da própria insolvência da empresa, porque obviamente o Estado não pode estar capturado, algemado numa negociação com privados".