Autor: Miguel Bettencourt Mota
Numa manifestação calma e ordeira, foi possível encontrar-se vários docentes a empunharem cartazes com a mensagem "Estou em greve, não estou de férias", numa clara resposta às recentes declarações do secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, confrontado com a paralisação anunciada pelo SDPA.
Alguns professores que estiveram presentes na concentração consideraram as declarações proferidas pelo secretário regional infelizes e ofensivas, e não se coibiram de o manifestar ao Açoriano Oriental.
"Com certeza que fico ofendido [com as palavras do governante]. Essa é uma leitura muito redutora...Há, com certeza, alguns professores que terão agido em conformidade com as afirmações, mas muitos outros não", disse o docente Fernando Negalha, frisando que há uma larga quantidade de professores que aderiu à greve, "mas que está em casa a trabalhar" para o novo período letivo que está a ser lançado.
Como disse, este "é um dia de greve formal, mas o nosso trabalho não se esgota" na escola. "Eu antes de estar aqui, estive em casa a trabalhar e quando sair daqui [da concentração] é para onde vou trabalhar", sinalizou o professor.
Neste momento, cerca de vinte por cento dos professores estão em greve nos Açores, deu conta o presidente do SDPA. Por força da greve, há escolas "encerradas ou a funcionar apenas parcialmente", disse José Pedro Gaspar.
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