Autor: Lusa / AO online
Passavam poucos minutos das 07:00 quando os primeiros camiões TIR, responsáveis pelo transporte dos equipamentos para o concerto da cantora colombiana, chegaram ao recinto do Pavilhão Atlântico para preparar o espetáculo previsto para as 20:30.
A montagem do palco está a ser feita no próprio dia do concerto, um prática “bastante comum”, segundo os produtores do espetáculo, que asseguraram nada ter a ver com o facto de 24 horas antes ter-se realizado, a escassos metros do local, a Cimeira da Nato, que obrigou a condicionamentos de circulação na zona da Expo.
“Os trabalhos já estavam previstos começarem só hoje de manhã, havendo ou não Cimeira. Houve apenas alguns equipamentos que tivemos de instalar seis dias antes da Cimeira, que caso contrário teriam vindo para aqui ontem [sábado] ou anteontem [sexta-feira]”, disse à agência Lusa, o promotor do espetáculo Álvaro Covões.
Segundo explicou, a logística deste tipo de espetáculos “é semelhante à militar, onde cada minuto é aproveitado e cada um tem a sua tarefa atribuída”.
“Para tornar possível uma tour e conseguir praticar preços acessíveis é preciso otimizar os recursos e os equipamentos. Só assim é que conseguimos numa semana fazer cinco ou seis espetáculos”, sublinhou.
Dentro do pavilhão cerca de 250 trabalhadores distribuem-se em equipas, com tarefas distintas, para montar o palco, vídeo, e luzes que irão dar cor ao espetáculo de mais logo, um trabalho que poderá levar até sete horas.
Do lado de fora do pavilhão, alheios ao “rebuliço” dos preparativos, estavam já concentrados uma dezena de fãs da cantora colombiana, que chegaram ao recinto durante a noite de sábado, já depois do fim das restrições impostas no local devido à Cimeira da Nato, principalmente durante os últimos dois dias.
Trajados a rigor, para apoiar a sua ídolo musical, afinavam vozes e treinavam coreografias das músicas, procurando abstrair-se das pequenas gotas de chuva que caiam.
Shakira é uma artista que já atuou várias vezes em Portugal. Em 2003 bateu recordes de bilheteira no Pavilhão Atlântico, quando esgotou para 19 mil espetadores, e em maio passado foi uma das cabeças de cartaz do festival Rock in Rio Lisboa.
Aos 33 anos é uma das mais influentes artistas da América Latina, pelo trabalho na música e na filantropia, no uso da vida artística em prol de causas sociais e humanitárias como a fundação Pés Descalços, de apoio a crianças desfavorecidas da Colômbia.