Açoriano Oriental
Cristina Calisto tomou posse como presidente da Confederação de Municípios Ultraperiféricos

A presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores e da autarquia de Lagoa, Cristina Calisto, tomou posse, na passada sexta-feira, no Funchal, como presidente da Confederação de Municípios Ultraperiféricos, elegendo o trabalho diplomático como ação prioritária para o mandato que exercerá durante o ano civil de 2019.

Cristina Calisto tomou posse como presidente da Confederação de Municípios Ultraperiféricos

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Conhecedora do Poder Local e da realidade da ultraperiferia, Cristina Calisto aponta como desafios futuros, a necessidade dos municípios das RUP’s verem consagrados no Direito Comunitário o acesso a financiamento para suprir as dificuldades geradas pelo afastamento geográfico dos centros económicos e populacionais, pela insularidade e dupla insularidade, a bem da coesão social, económica e territorial dos municípios ultraperiféricos da Europa.


“Não se trata de querer mais direitos, trata-se, sim, de garantir que os direitos dos cidadãos europeus que residem, por exemplo, num concelho dos Açores, sejam iguais aos cidadãos europeus que vivem em municípios próximos dos grandes centros de desenvolvimento europeu", referiu citada em nota de imprensa.


Cristina Calisto disse ainda as autarquias das RUP’s estão "confrontadas com realidades muito diferentes no seio dos seus estados e das suas regiões, importa garantir que, de forma equitativa e justa, se possa viabilizar o financiamento direto da União Europeia” a estas unidades de poder local, não retirando aos direitos adquiridos pelas regiões, mas adicionando um novo fator para a coesão territorial europeia.


A autarca diz que não será um trabalho fácil e que não deverá ficar concretizado apenas no mandato de um ano, afirmando que a AMRAA, como fundadora da CMU, tem uma responsabilidade acrescida na dinamização e promoção desta luta pela defesa do Poder Local das ultraperiferias da União Europeia.


“A perspetiva da presidência da AMRAA, embora se queira insistente, nunca será de embate, mas sim de diálogo, em primeira instância com cada uma das nossas regiões, com cada um dos nossos estados e, por fim, com a União Europeia. Não podemos negar as melhorias que o estatuto de RUP trouxe às nossas regiões e às nossas comunidades locais, mas temos de agir inconformados com as clivagens existentes entre um cidadão europeu que habite numa RUP e um cidadão europeu que viva num município no centro da Europa”.

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