Autor: Lusa/AO Online
Até outubro, nos 71 centros da rede da Valorcar foram abatidos 42.287 veículos em fim de vida e o diretor-geral da Valorcar, Ricardo Furtado, disse hoje à agência Lusa estimar receber até final do ano um total de 50 mil veículos.
"Se tivermos em conta que no ano passado abatemos 78 mil veículos, estamos a falar de uma quebra próxima dos 35 por cento", salientou o responsável.
Este comportamento é consequência da "conjuntura económica do pais, mas está sobretudo relacionado com o fim do programa de incentivo ao abate, que só se mantém para veículos elétricos, ainda com uma penetração no mercado reduzida", explicou o diretor-geral da Valorcar.
Ricardo Furtado realçou que o fim deste programa do governo "afetou bastante os números dos abates".
"Estamos perante uma conjuntura complexa a todos os níveis. Se somarmos a conjuntura económica, a retração do comércio e o fim do programa de incentivo a abate foi um rombo muito grande na nossa atividade", reconheceu.
Em anos anteriores, o programa de incentivo ao abate já representava cerca de 30 por cento da atividade da Valorcar, uma percentagem próxima da redução esperada face a 2010.
Os centros de abate distribuem-se por todo o país e estão licenciados para todo o tipo de veículos: motociclos, veículos ligeiros, comerciais de mercadorias e pesados.