“Os Açores são uma incubadora onde as ideias podem ser testadas”, afirmou Craig Mello, que está no arquipélago pela segunda vez para visitar familiares, com quem se encontrou pela primeira vez em 2009, altura em que deixou nos Açores a medalha e o diploma do Prémio Nobel da Medicina.

Os bisavós de Craig Mello eram naturais da Maia, no concelho da Ribeira Grande, de onde emigraram para os EUA em 1907, criando um ramo da família que nunca mais voltou aos Açores até 2009.

Nesta segunda deslocação à terra das suas origens, Craig Mello confessou que se sente "cada vez mais em casa", destacando o "progresso" que se regista nos Açores.

"Quero dizer aos açorianos, especialmente aos jovens, que são uns afortunados por viverem num sítio tão bonito. Eles são o futuro destas ilhas", afirmou, acrescentando que "são muitas as oportunidades" que podem ser aproveitadas.

Nesse sentido, considerou que os Açores são "atractivos" para a investigação, destacando a qualidade da universidade açoriana e dos projectos de investigação que ali são desenvolvidos.

Craig Mello falava aos jornalistas no final de um encontro com o secretário regional da Presidência, André Bradford, para quem a visita do Prémio Nobel da Medicina constitui "um estímulo de promoção da investigação, da capacidade empreendedora e um exemplo aliciante para os jovens açorianos".