Autor: Lusa/AO Online
O principal especialista em doenças infeciosas da Coreia do Sul disse que o país poderá ter que repor as restrições de distanciamento social que diminuiu em abril, com as transmissões do novo coronavírus a subir na área metropolitana de Seul e em outros lugares nas últimas semanas.
Jeong Eun-kyeong, diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul, disse hoje durante uma reunião sobre o vírus que está a ficar cada vez mais difícil para os profissionais de saúde rastrear a disseminação da Covid-19, o que coincidiu com o aumento da atividade pública em meio ao clima mais quente e o relaxamento no distanciamento social.
“Faremos o possível para rastrear contactos e implementar medidas preventivas, mas há um limite para esses esforços", disse Jeong.
“É necessário maximizar o distanciamento social nas áreas em que o vírus está a circular e forçar as pessoas a evitar instalações públicas e outros espaços lotados”, declarou ainda.
O rastreamento e a realização de testes ativos haviam estabilizado o surto do país desde o pico de março, o que permitiu às autoridades flexibilizar as diretrizes de distanciamento social.
Entretanto, um aumento constante de casos na área de capital, nas últimas semanas, levantou preocupações, à medida que as autoridades prosseguem com a reabertura gradual das escolas.
Os alunos de parte do ensino médio voltaram às escolas na semana passada. Estava previsto para hoje o retorno de mais de dois milhões de alunos ensino básico, pré-escolar, creches e parte do secundário.
O Ministério da Educação disse que a volta dos alunos foram adiadas em 561 escolas em todo o país devido a preocupações com vírus, incluindo 111 escolas em Seul.
A Coreia do Sul confirmou um total de 11.265 casos de coronavírus, incluindo 269 mortes.