Açoriano Oriental
Congresso da UGT aprova 16 moções e uma admite greve geral da função pública
O XIII Congresso da UGT aprovou hoje 16 moções, entre as quais uma da Federação de Sindicatos da Administração Pública com um ultimato ao Governo para negociações imediatas na função pública e que admite uma greve geral do setor.
Congresso da UGT aprova 16 moções e uma admite greve geral da função pública

Autor: LUSA/AO Online

De acordo com uma moção de urgência que o secretário-geral da FESAP, José Abraão, entregou à Mesa do congresso - que decorre este fim de semana no Porto -, os sindicatos da Administração Pública da UGT "aguardam uma resposta positiva e célere por parte do Governo […] para começar imediatamente a trabalhar para resolver os problemas dos trabalhadores do setor público". No documento, os sindicatos assumem que estão preparados para "dar corpo ao crescente descontentamento dos trabalhadores, avançando para a convocação de uma greve geral se o Governo não der resposta afirmativa às suas justas reivindicações". O XIII Congresso da UGT votou as 16 moções de urgência em conjunto, aprovadas “por esmagadora maioria” com um voto contra e 17 abstenções. Uma das moções, apresentada por um sindicalista da corrente minoritária do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, António Grosso, defende que a UGT se deve empenhar no aumento do salário mínimo e das pensões de modo a que esta retribuição atinja os 700 euros até 2020. Esta proposta mereceu um comentário do secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que disse que, apesar de não concordar com o teor da mesma, valorizava o contributo das minorias. O dirigente apelou à aprovação de todas as moções, incluindo esta. Outra das moções aprovadas no congresso partiu do Sindicato da Indústria e da Energia (Sindel), que, num contexto em que a liberalização do setor energético e a consequente concorrência introduziram “efeitos perversos no seu modo de funcionamento”, aponta a “necessidade de impor alguma ordem e garantir a competência e toda a ética na forma como se movimentam no terreno os vários atores com ligação ao setor energético”. “O cenário a que temos assistido atentamente é o de um setor em ebulição, atingido por uma concorrência desenfreada em que vale tudo”, alerta o Sindel. Também votada foi a moção do Sindicato dos Oficiais de Justiça, em que se defende a valorização e dignificação “com equidade” dos trabalhadores do sistema de justiça, o reforço dos quadros dos tribunais “para garantir o seu normal e regular funcionamento”, o fim das férias judiciais e um “plano geral de obras e trabalhos” necessários em todos os tribunais. No setor dos média, foi apresentada uma moção “pela dignificação” do setor e dos seus trabalhadores e “pela defesa do serviço público de rádio e televisão”, enquanto o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços alertou para a “situação de permanente intimidação, pressão e chantagem” vivida pelos trabalhadores da PT/Meo, com “mais de 300 trabalhadores transferidos para um departamento sem funções atribuídas”.

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