Autor: Nuno Martins Neves
Segundo apurou o Açoriano Oriental, a nova
medida - que entrou em vigor na sexta-feira, dia 20 de novembro e durará
a extensão do Estado de Emergência em Portugal Continental, até 7 de
dezembro - trouxe complicações adicionais aos clubes.
Desde logo,
das clínicas em Portugal Continental que têm acordo com o Governo
Regional dos Açores, raras são as que trabalham ao fim de semana e que
garantem o resultado do teste em tempo útil (24 ou 48 horas, no máximo),
atendendo a que as comitivas, quase sempre, viajam na véspera do
desafio e regressam no próprio dia do jogo.
Isso obriga a que as equipas realizem o teste de despiste mal aterrem em Portugal Continental e aguardem o resultado.
A partir daí, as equipas ficam com o “coração nas mãos”: o resultado pode vir positivo; ser inconclusivo; ou não chegar a tempo do embarque. Em qualquer uma das situações, o elemento, ou elementos, que positivou ao teste de despiste ao SARS-CoV-2, fica impedido de viajar, tendo o clube de suportar toda a despesa relativa à estadia e alimentação em Portugal Continental.
Uma situação que rapidamente se tornará num garrote
financeiro para as equipas, diz André Amaral, presidente do União
Sportiva e promotor da reunião que decorreu na semana passada com os
clubes.
No encontro, que decorreu por videoconferência, os clubes chegaram a acordo em propor uma alteração, sugerindo a realização de testes semanais, todas as quintas-feiras, assim como mais um bateria de exames de despiste à chegada à Região Autónoma dos Açores.
Defendendo que “a saúde pública está em primeiro lugar”, André Amaral sublinha que a nova política da Região deixa os clubes numa situação muito complicada. Até sexta-feira passada, os clubes da Região estavam abrangidos pelo “Passaporte do Desporto”, que isentava os jogadores, equipa técnica e restantes elementos da comitiva de realizar testes à chegada à Região, devendo ser testados de 14 em 14 dias.
No lote de
clubes afetados estão no basquetebol as equipas masculinas e femininas
União Sportiva, a equipa masculina do Lusitânia, a equipa masculina do
AngraBasket e a equipa feminina do BoaViagem; em voleibol as equipas
masculinas e femininas do Clube Kairós, e a equipa masculina da Fonte do
Bastardo; em hóquei em patins, as equipas masculinas do Marítimo,
Hóquei Clube PDL e Candelária; no andebol, as equipas masculinas do
Sporting da Horta e do Marienses; no ténis de mesa, as equipas
masculinas do Toledos e do Juncal.