Autor: Lusa/AO Online
Na habitual intervenção do presidente da assembleia perante os chefes de Estado e de Governo que antecede o início formal dos trabalhos do Conselho Europeu – o de hoje celebra-se ainda por videoconferência devido à covid-19 -, David Sassoli sublinhou a urgência numa resposta que esteja à altura das expectativas dos cidadãos.
“O tempo é um luxo que não podemos permitir-nos. Precisamos de agir com urgência e de forma corajosa, uma vez que os cidadãos, as empresas e as economias da UE precisam de uma resposta imediata. Os nossos cidadãos esperam uma ação vigorosa. Agora é o momento de apresentarmos resultados”, sublinhou na sua intervenção na videoconferência, divulgada em Bruxelas.
Sassoli reiterou a opinião já expressa diversas vezes pelo Parlamento Europeu de que a proposta colocada sobre a mesa pela Comissão Europeia, de um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros, associado a um orçamento plurianual para 2021-2027 na ordem dos 1,1 biliões, é “ambiciosa” mas também o mínimo exigível face ao atual contexto de crise.
“Não aceitaremos qualquer recuo em relação a esta proposta inicial, que devemos tomar como ponto de partida e melhorar, para garantir que as decisões críticas que agora tomamos beneficiem toda a gente. Ninguém deve ser deixado para trás”, afirmou.
Para financiar a resposta à crise, e designadamente para pagar as centenas de milhões de euros que a Comissão se propõe ir angariar aos mercados através da emissão conjunta de dívida, Sassoli lembra a posição do Parlamento Europeu no sentido de a União ter forçosamente de aumentar os recursos próprios do seu orçamento, para não deixar um fardo para as gerações futuras.
“Agora não é o momento de diluir as nossas ambições. Temos de mostrar aos nossos cidadãos o valor da Europa e a nossa capacidade de encontrar soluções que sejam importantes para as suas vidas”, concluiu.